Quando as memórias se apagam: o que é Alzheimer?

Esquecer sempre foi um dos maiores medos da humanidade. Perder lembranças é um golpe muito forte na identidade de um indivíduo. Para amenizar esse medo, existem as fotos, documentos, cartas e outras formas de lembrar quem cada um é. Entretanto, a mente humana pode ser danificada permanentemente por um obstáculo mais grave: o mal de Alzheimer.

O que é o Alzheimer?
O mal de Alzheimer é uma doença caracterizada pela perda e/ou falha de áreas do cérebro relacionadas à memória, orientação e atenção. O portador de Alzheimer perde gradativamente a sua noção de realidade. Atividades que antes eram corriqueiras passam a ser grandes desafios.

O tema tornou-se recorrente na mídia recentemente. Inspirou obras como o livro Para sempre Alice (Harper Collins, 2015), que foi adaptado para os cinemas com o mesmo título. O livro conta a história de Alice Howland, professora e palestrante famosa, que desenvolve a doença precocemente. Howland deve lidar com a sua nova realidade, que envolve a dor de não ter mais controle sobre si e a bravura de enfrentar a doença de frente.

Como diferenciar o Alzheimer de outras doenças?
Há muitas semelhanças entre o Alzheimer, outras doenças e o envelhecimento natural. Para se ter certeza do diagnóstico, o possível portador deve ser encaminhado a um médico. Exames de sangue, tomografia e ressonância magnética do crânio podem excluir outras possibilidades. O Alzheimer não tem cura, mas é importante identificá-lo para que seus efeitos sejam retardados ou diminuídos. Durante o processo de avanço da doença, os neurônios que fazem a ligação e o trânsito de informações no cérebro são destruídos, e não há formas naturais ou cirúrgicas que os possam regenerar.

Entretanto, há formas para prevenir-se contra a doença fortalecendo os circuitos cerebrais através de cuidados com a saúde mental. O cérebro necessita constantemente de exercícios e boa alimentação, que podem ser adicionados à rotina diária através de uma dieta rica em frutas e legumes. Alimentos que contenham óleo vegetal, ricos em ômega-3 e antioxidantes, eliminam os radicais livres (moléculas liberadas elo corpo através do metabolismo, que prejudicam as células cerebrais) sendo, assim, de grande importância.

Alguns dos nutrientes necessários para combater o Alzheimer podem ser encontrados também em peixes gordurosos como salmão, cavala, halibute, arenque e sardinha. A dieta mediterrânea pode ser de grande ajuda, pois inclui azeite, peixe, tomate, berinjela, abobrinha, pimentas etc. Também é necessário cortar ou reduzir o consumo de alimentos que contenham gorduras saturadas, carne vermelha e manteiga, bem como os excessos de açúcares em biscoitos e refrigerantes.

Invista em jogos que estimulam a mente
Para além da alimentação, existem outras maneiras de evitar o Alzheimer adotando um estilo de vida saudável. Exercícios físicos como caminhadas ou a prática de algum esporte podem aumentar  a qualidade de vida mental. Leitura, passatempos que estimulem a memória como as palavras cruzadas, ouvir músicas novas ou aprender um novo idioma e trocar ideias com amigos e pessoas diferentes podem ser atividades riquíssimas em seus objetivos e que podem combater o desenvolvimento da doença.

É possível atrasar ou evitar os efeitos do Alzheimer adotando as práticas já citadas. Mas como lidar com quem já desenvolveu a doença e precisa de ajuda? É importante saber como lidar com o paciente de Alzheimer. Os cuidados devem ser constantes, bem como a compreensão e o carinho que a condição inspira. Antes de qualquer coisa, é preciso informar-se sobre a doença. Sites na internet como os da Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer) reúnem um vasto repositório de informações e notícias que podem ajudar cuidadores de portadores de Alzheimer a lidarem melhor com as novas rotinas que devem ser adotadas pelos familiares e amigos.

É preciso paciência, compreensão e adoção de estratégias que ajudem tanto o portador da doença quanto o cuidador. É necessário também criar rotinas que incluam atividades para o portador e pessoas ao seu redor. Apenas a compreensão e o afeto podem garantir melhores condições de convívio para quem enfrenta o Alzheimer.

Fonte: Seleções

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