No Brasil, Congresso Nacional custa R$ 1,1 milhão por hora

A crise econômica freou vários setores produtivos no Brasil, deixou 13,5 milhões de desempregados e 95% dos brasileiros acreditam que o País está no rumo errado, segundo a pesquisa Pulso Brasil, realizada pela Ipsos Public Affairs. Enquanto isso, o Congresso Nacional, que volta esta semana do recesso com a missão de definir o futuro de mais um presidente, continua perdulário e com um orçamento que cresce ano a ano. Somente o Senado e a Câmara dos Deputados custam R$ 10,1 bilhões ao ano. O valor daria para construir 203 mil casas populares ou comprar 198 mil viaturas policiais. Dados de um estudo realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em parceria com a UIP (União Interparlamentar) apontam o Congresso do Brasil como um dos mais caros do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Por hora, o valor do Congresso daria para custear todas as diárias e passagens de um ano da força-tarefa da Operação Lava Jato. A ONG Contas Abertas fez o cálculo e apontou que o Legislativo custa, em média, R$ 1,16 milhão a hora e, em 2016, o Ministério Público Federal (MPF) destinou aos procuradores da Lava Jato R$ 1 milhão. As cifras impressionam, mas a maior crítica não é o excesso de deputados e sim a quantidade de penduricalhos.

Reflexão sobre gastos
O presidente da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, grifa que objetivo não é “demonizar” o Parlamento, mas propor uma reflexão sobre os gastos. Segundo Gil, o problema não é o custo do congressista, mas as mordomias que orbitam ao redor deles. Ele alerta ainda para o inchaço orçamentário não só do Legislativo, mas do Executivo e do Judiciário.

“É claro que a democracia não tem preço. Ninguém aqui está defendendo fechar o Congresso. Queremos discutir os custos que os parlamentares têm de verbas indenizatórias, a quantidade de assessores”, observa. “Acho que num momento em que o Brasil está com um déficit fiscal de R$ 139 bilhões para este ano, é indispensável que os três poderes passem um pente fino nas despesas para que possam cortas gorduras. A sensação para o cidadão é que ainda cabe nos três poderes uma lipoaspiração”, defende Gil.

Cada deputado federal recebe um salário bruto de R$ 33,7 mil, valor superior ao que ganham o presidente da República (R$ 30,9 mil) e os ministros (R$ 30,9 mil). Fora isso, há os benefícios indiretos como verba de gabinete, cota de passagens para seus destinos eleitorais e reembolso com despesas de saúde. Somente os deputados custam R$ 1 bilhão do orçamento da Casa.

O cientista político Thales Castro avalia que não se pode adotar o discurso demagógico de redução do quantitativo de deputados e senadores. “Isso só interessa ao próprio Executivo, porque com esse poder cada vez mais hipertrofiado, ele naturalmente continua como rolo compressor e isso faz com que tenha mais poder para impor a estratégia de legislar por medidas provisórias”, avalia. Segundo ele, apesar de todos os problemas, o Parlamento reflete a sociedade brasileira. “Esse Congresso é o retrato grotesco das nossas entranhas”, diz.

Tanto o Senado quanto à Câmara informaram, via nota, que o aumento orçamentário entre 2015 e 2017 (ver arte ao lado) decorre do reajuste salarial previsto em lei.

Sobre os custos elevados, a Câmara afirmou que tem reavaliado os contratos de terceirização, suprimindo serviços e postos de trabalho até o limite legal de 25%. Segundo a Casa, foram reduzidos 118 postos de trabalho relacionados à prestação de serviços gráficos, manutenção elétrica, hidráulica e ar condicionado, transporte de materiais e limpeza. “Também houve modificação nos contratos de serviços como o de locação de veículos e de produtos postais, gerando uma economia total de cerca de 14 milhões de reais apenas neste semestre”, justifica a nota. De 2015 para 2017 houve incremento de 10,47% no orçamento da Casa Baixa. 

Fonte: JC Online

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Benzetacil é temporariamente suspenso no país

Conhecida pelo nome comercial Benzetacil, a penicilina benzatina – antibiótico usado para tratar sífilis e outras infecções – está temporariamente suspensa no Brasil, desde o início de julho.

Detentora oficial da marca, a farmacêutica Eurofarma informou a suspensão temporária da produção do medicamento por conta de “melhorias relacionadas aos testes de validação do produto”.

Vale ressaltar que unidades remanescentes em todo o país poderão ser consumidas normalmente até a data de validade informada na embalagem.

A Eurofarma acredita que a retomada de produção aconteça em meados de outubro.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), existem no Brasil quatro empresas com registro válido para produzir a penicilina benzatina, também conhecida como benzilpenicilina benzatina ou penicilina G benzatina: a Eurofarma, que produz o remédio com nome comercial Benzetacil, a Fundação para o Remédio Popular (Furp), o Laboratório Teuto Brasileiro S/A e a Novafarma Indústria Farmacêutica LTDA.

Escassez
Em 2015, o Ministério da Saúde fez alerta sobre crise de abastecimento do antibiótico no Brasil, tanto no setor público quanto no privado. O motivo era a escassez de matéria-prima do antibiótico.

Fonte: Veja.com

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7 notícias falsas da Coreia do Norte em que todo mundo acreditou

Pouco se sabe sobre o país mais fechado do mundo. Desde a cisão com a irmã do sul, na década de 1950, a Coreia do Norte permanece isolada de tudo e de todos – e caminha muito bem, obrigado, dessa maneira. Pelo menos, é isso que parece para quem acompanha aqui do Ocidente.

É verdade que o acirramento da tensão com os EUA, especialmente na atual gestão Trump, tornou mais frequente a presença de coreanos do norte nos noticiários. O problema é que quase tudo que acontece do lado de lá é revelado por uma única fonte: a KCNA, agência oficial do governo. Cuidadosamente filtrando cada linha que a imprensa internacional vai comunicar, ela faz com que os acontecimentos acabem se confundindo com propaganda.

Separar fatos de ficção, dessa forma, é uma tarefa difícil. Como a informação correta não sai do país – ou dificilmente é confirmada por fontes confiáveis – muita desinformação passa batido e acaba virando verdade. A fama de poucos amigos que a Coreia do Norte carrega (além da excentricidade de seus governantes) aguça a criatividade da mídia no mundo todo. Isso faz com que, vira e mexe, surja uma nova bizarrice atribuída ao país. A lista é extensa, mas certos episódios acabaram ganhando mais destaque nos últimos anos. Vamos a alguns deles.

1. Corte na régua
Considerando a lista extensa de obrigações que os cidadãos norte-coreanos têm com sua pátria, a implantação de um corte de cabelo oficial não parecia ser tão absurda. A regra valia para estudantes universitários da capital Pyongyang e o penteado a ser copiado, claro, era o do líder supremo Kim-jong-un. O boato apareceu em 2014 na rádio Free Asia, que tem sede nos EUA e transmite para seis países do leste asiático – mas foi desmentido dias depois. Correspondentes locais e turistas que visitaram o país garantiram que nada de anormal estava acontecendo com a cabeleira dos jovens.

E essa não foi a única vez em que o visual capilar masculino virou pauta da mídia internacional. Uma TV de Hong Kong chegou a afirmar que o estilos de cabelo eram determinados pelo Estado, e se limitavam a 28 opções – algo incompatível com o cardápio variado das barbearias locais.

Porém, é verdade que existe tolerância zero para um único tipo específico. Desde 2005, o governo declarou guerra a homens que optam pelo cabelo comprido. Como “comprido”, você pode entender um telhado com mais de 5 cm de comprimento. A justificativa dada para a exigência era que esse tipo de penteado mais desleixado prejudicaria a energia do cérebro, afastando o oxigênio dos neurônios – exclusivamente dos homens, é bom frisar.

As normas em relação à moda também aparecem nas vestimentas. Há relatos que garantem que roupas com dizeres em inglês são proibidas, e que os broches com figuras de Kin-jong-un e outros ex-líderes devem andar sempre afixados próximos ao peito.

2. Nunca mais eu vou dormir
Imagine a cena: irritado com a falta de comprometimento de seus homens de confiança, o líder norte-coreano resolve dar o exemplo para quem não vem apresentando boa conduta. O alvo escolhido é o ministro da defesa, executado com um míssil antiaéreo (!) por ser pego tirando um cochilo durante uma cerimônia militar oficial. Quem relatou primeiro o ocorrido foi o periódico sul-coreano Chosun Ilbo (guarde este nome).

Um dia após disseminar a notícia no mundo ocidental, a agência AFP voltou atrás, publicando outra nota em que dizia que a informação poderia não ser exatamente lá tão precisa. A culpa era das supostas fontes sul-coreanas infiltradas no país, que desmentiram sua primeira versão. Correram na época, também, algumas imagens que mostravam o general Hyon Yong-chol trabalhando normalmente – garantindo que ele estava inteiro e sem traços de ter sido bombardeado. Um mês depois o mesmo jornal, com o perdão do trocadilho, lançaria mais uma bomba: outro líder norte-coreano morrera de forma bizarra – desta vez, queimado vivo por um lança-chamas. Nada comprovado.

3. Casos de família
Talvez se lembre da teoria de que a morte do irmão de Kim-jong-un foi fruto da disputa por uma montanha. Considerando apenas essa amostra de fraternidade, já dá para ter uma noção do quanto as relações familiares da realeza norte-coreana podem ser volúveis. Em 2013, por exemplo, o mundo se chocou com a história de Jang Song-thaek, tio de Kim, morto por insubordinação. Mas o que ganhou mesmo as manchetes dos noticiários foi o destino cruel do parente: depois de despido, fora dado como refeição para 120 cachorros mortos de fome.

A notícia despontou primeiro no programa de mensagens instantâneas chinês chamado QQ. Por lá, é comum a presença de fãs que adoram tirar uma com a cara dos norte-coreanos. O problema é que a zoeira acabou indo longe demais e, quando se viu, já estampava a homepage do tabloide Wen Wei Po, que tem sede em Hong Kong. Daí para virar assunto mundial, foi um pulo. Tempos depois, descobriu-se que Jang de fato tinha sido morto, mas de uma forma mais convencional: fuzilamento.

4. Cantou fora do tom
Foi também em 2013 que o esquentadinho Kim-jong-un teria encomendado mais vítima: sua própria ex-namorada, acusada de aparecer fazendo sexo em gravações caseiras. Novamente, o boato vinha da Coreia do Sul, destacado pelo mesmo jornal Chosun Ilbo (olha ele de novo). A cantora pop Hyong Song Wol estaria entre as dezenas de pessoas vinculadas à orquestra nacional que foram fuziladas por forças de inteligência norte-coreanas. Tarde demais: os supostos vídeos pornográficos estrelados pelos integrantes da orquestra já tinham sido vazados e rodavam por toda a China.

Mesmo com o governo da Coreia do Norte negando veementemente toda a história, o fato foi que os grupos musicais envolvidos pararam de dar as caras na mídia. Quase um ano depois do ocorrido, a KCNA divulgou o vídeo de um evento em que a cantora aparecia em carne e osso – o que, ao menos na teoria, desmentia seu fim trágico. Especialistas argumentam que a opção por mostrar Hyong Song Wol para todo o país dificilmente seria tomada caso a história fosse mesmo verdadeira.

5. Pequeno pônei coreano
Era só o que faltava, você deve estar pensando. Mas de fato aconteceu: no fim de 2012, veículos de expressão nos EUA espalharam que cientistas norte-coreanos tinham provas concretas de que os unicórnios realmente existiram. E o mais incrível era que as criaturas mitológicas caminhavam livremente pela Coreia do Norte, há milhares de anos.

Como você deve supor, tudo não passou de um grande mal entendido. A referida descoberta nem se autoproclamava como o guia definitivo dos unicórnios. O artigo em questão citado pelos jornais, na verdade, foi precariamente interpretado e traduzido para o inglês – e convenientemente adaptado para virar essa história de encher os olhos.

A novidade era a identificação de um mausoléu chamado “Lar dos unicórnios”, próximo a Pyongyang, datado de mil anos antes do surgimento da lenda. Nada além de um novo argumento de que a atual capital norte-coreana também seria a principal cidade em tempos antigos. Você pode entender a história completa nessa reportagem.

6. Da ponte para lá
Recuperando um cenário digno de Guerra Fria, o vídeo Como os Americanos Vivem Hoje mostrava uma face da América que os EUA lutavam para esconder do resto do mundo. Cidadãos norte-americanos eram forçados a viver em tendas e comer neve derretida para sobreviver. A propaganda contra o país-símbolo do capitalismo foi criada para parecer uma produção do governo norte-coreano.

Alun Hill, escritor inglês que sequer fala coreano, alegou ter recebido o vídeo diretamente da KCNA. Buzzfeed, Yahoo, Telegraph e Washington Post são exemplos de veículos que caíram no conto de Hill e passaram a história para frente.

7. Oito a um
Foi este o placar que a Coreia do Norte aplicou no Brasil na final da Copa de 2014, ano em que ganharam seu primeiro título mundial de futebol. A campanha, liderada brilhantemente pelo artilheiro Jong Tae-Se, marcou história na competição: os norte-coreanos triunfaram invictos, levando apenas dois gols em 7 jogos.

Após cumprirem com 100% de aproveitamento a fase de grupos (derrotando China, Japão e EUA), os guerreiros mandaram um sonoro 7×0 em Portugal, nas oitavas-de-final. Depois, passaram por Alemanha (2×1) e Coreia do Sul (3×0), até não tomarem conhecimento dos donos da casa na finalíssima, calando o Maracanã lotado. A população, em festa, lotou as praças de Pyongyang enquanto saudava a figura do líder supremo Kim-jong-un.

As inconsistências na história são tantas que qualquer um poderia acusar a lorota de cara. Mas era exatamente essa a intenção do vídeo: pecar pelo absurdo, fazendo o mundo todo acreditar que aquele era um vídeo da TV estatal e que a história estava sendo contada exatamente assim lá na Coreia do Norte. A brincadeira teve assinatura brasileira, sendo idealizada pelo blog Não Salvo para enganar jornalistas pelo mundo todo. Deu muito certo: além de vários veículos nacionais, a mídia gringa também reproduziu a história loucamente, acreditando que a peça de fato tinha sido produzida em território norte-coreano.

Vários pontos chamam a atenção e reforçam o ar cômico da história. A primeira fase jogada contra adversários geopolíticos e a elasticidade dos placares – mesmo contra seleções muito mais tradicionais – são bons exemplos. Havia também vários defeitos técnicos. As imagens dos vídeos eram recicladas de notícias antigas e foram dubladas por uma intérprete com sotaque da Coreia do Sul. Além do fato dos norte-coreanos não terem sido sequer selecionados para disputar o torneio aqui no Brasil. Mas isso era detalhe, é claro.

Fonte: Superinteressante

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Flamenguista ‘mais fanático do Cariri’ transforma a casa e carrega o time no corpo

São mais de 40 milhões de torcedores e 122 anos de fundação do Clube de Regatas Flamengo. Dentre essa multidão rubro-negra, inúmeros fanáticos que dariam a vida pelo “Mengo”, como eles chamam o time de coração. Em Juazeiro do Norte, cidade a mais de 2.500 km de distância da sede da Gávea, no Rio de Janeiro, um ilustre torcedor. Ele também ostenta um título: “sou o maior símbolo aqui do Cariri”, diz orgulhoso.

Cícero Jorge Rodrigues, de 45 anos, já foi o “Romário”, mas hoje é conhecido como “Maradona”. O juazeirense vive Flamengo. Literalmente. Sua história de amor com o time carioca surgiu há mais de duas décadas. Antes, porém, o pai de Jorge, “flamenguista fanático”, viu “perder” sua outra filha para o arquirrival. “Minha irmã torce Botafogo”, diz, em meio a uma sorriso amarelo. “Não teve jeito. Ele [pai] até tentou, mas não conseguiu fazer com que ela torcesse o Mengão”, completa.

O desejo de ver os dois filhos vibrando com o Flamengo foram catalisados ao Jorge. E deu certo. “Sou apaixonado pelo Flamengo. É minha maior paixão”, diz, ostentando, com orgulho, a réplica da camisa utilizada pela geração campeã do Mundo, em 1981. “Foi um título incrível”, comemora, como se em uma fração de segundo ele revivesse em sua memória aquele jogo, contra o Liverpool, em 13 de dezembro, vencido por 3 x 0, numa rara superioridade de uma equipe brasileira sobre um time europeu numa decisão de Mundial.

“O Nunes jogou como nunca antes tinha jogado”, diz ele, recordando os dois gols marcados pelo jogador. “Zico foi um monstro”, acrescenta o fanático torcedor. O que torna Maradona um ícone na região não é, no entanto, não é apenas sua memória impressionante. Nas ladeiras da rua do Horto, bairro tradicional da cidade, cuja fé parece está mais viva do que em outros locais, as casas costumam ter, já na sala de entrada, inúmeros quadros e imagens de santos.

Centenas deles compõem o ambiante sui generis daquela comunidade. Na residência de Jorge, ou melhor, do Maradona, como ele corrige sempre que é chamado de forma diferente, a composição do cenário ganha um novo arranjo.

As molduras são em preto e vermelho. Ao lado das imagens santas, incontáveis ícones que remetem ao clube carioca. Posteres, fotos e camisas se misturam entre os santos, num hibridismo “sacro-futebolistico”. “Aqui vocês podem ver minhas duas grandes paixões, o Flamengo e o Padim Ciço”, aponta, mostrando a imagem do patriarca juazeirense, também cercado por uma moldura rubro-negra. A casa respira Flamengo. O local já virou ponto turístico, afirma Maradona.

Ponto Turístico
“Na Semana Santa, período em que a cidade recebe milhares de romeiros, eu não consigo dormir direito. Minha casa é invadida pelos turistas. São dezenas todos os dias”, diz orgulhoso. Não podia ser diferente. Quem sobe as ladeiras rumo a estátua de 27 metros do Padre Cícero Romão Batista, no alto da Colina do Horto, logo avista, ao lado esquerdo da estreita rua com paralelepípedos, a casa com pintura chamativa, nas cores preto e vermelha. Até a árvore, que sombreia o imóvel, carrega as cores do time de coração. “Pintei tudo”, pontua Maradona.

Se pelo lado de fora a residência chama a atenção e desperta curiosidade de quem passa, dentro, o ambiente é um espécie de Museu, ou santuário, como ele brinca. São incontáveis peças. Quase tudo nas cores preto e vermelho. O turista que visita a casa de Maradona pode escolher se quer descansar o corpo em cadeiras vermelhas ou em um puff preto e branco, com um grande escudo do time. As televisões da sala e da cozinha foram personalizadas. Assim como a moto, o capacete, a geladeira, o guarda-roupa, as pernas da cama e tantas outros móveis e eletrodomésticos.

“Tudo começou aos 19 anos. Ganhei um quadro de presente e coloquei na parede. Daí em diante, comecei a colecionar imagens, revistas, quadros e tudo que seja do Flamengo. Hoje perdi as contas de tudo que tenho. São milhares”, conta Maradona, sentado na sala de estar da casa, aos olhares atento da irmã botafoguense Lídia Rodrigues. Entre uma pergunta e outra, Lídia interrompe a entrevista e diz: “Quero ver como ele vai ficar na próxima semana. O fogão vai eliminar o flamengo na semifinal da Copa do Brasil”.

Maradona responde a provocação de forma fraterna. Apenas sorri e rebate “Ela gosta de sonhar”. Não satisfeita, Lídia entrega o irmão. “No último jogo, contra o Santos [válido pelas quartas de final da Copa do Brasil, que rendeu a classificação ao time carioca] ele teve que rezar muito”. Maradona mais uma vez sorri e ironiza: “Quem não reza?!” As orações são direcionadas ao Padim Ciço, considerado Santo pelo católicos romeiros. “Já rezei para ser campeão, já rezei para não perder, rezo sempre sim”, brinca.

A reação amigável, inclusive, é uma marca de Maradona. Ao notar a presença de “um rival em sua casa”, ele brinca. “Você é vascaíno, né?! Reparei sua tatuagem no braço, mas tenho certeza que hoje você vira flamenguista”, ironiza ele, olhando para mim. “Você deve está lembrado do gol do Petkovic, na final do Carioca de 2001”, pegunta-me. Aceno positivamente com a cabeça e ele retruca. “Padre Cícero ajudou a bola a entrar”, completa Maradona em meio a uma gargalhada de satisfação.

O amor pelo flamengo, inclusive, foi parar na pele do juazeirense ilustre. A cada foto, ele faz questão de expor suas imponentes tatuagens, em cada um dos braços. “O amor aqui é para vida toda”. Questionado se vestiria a camisa de um outro clube, ainda que por brincadeira, Maradona não titubeia. “Nem por muito dinheiro. Nunca ninguém vai me ver com outra camisa. Só visto o manto do mengão”, retruca com bom humor, que lhe é peculiar.

Ídolos
Uma das paredes da sala é destinada apenas as fotos. São dezenas, entre anônimos e famosos, ele mostra a mais recente, tirada na semana passada, com o “Papai Joel”. “Ele esteve aqui em casa”, diz, referindo-se ao técnico Joel Santana, que teve cinco passagens pelo Flamengo, a última delas, em 2012. Entre milagres e vexames, o técnico fez história no Flamengo e Maradona reconhece. “Ele foi um grande treinador, acertou e errou, como todo mundo, é um cara super do bem”, diz. Joel e Maradona se encontraram na semana passada.

O treinador estava no Cariri para disputar um amistoso, com a equipe norte-americana que comanda, o Black Gold Oil, contra o Icasa, time de Juazeiro do Norte. “Ele fez questão de vir conhecer minha casa”, conta orgulhoso. “A gente tomou café, conversamos e rimos muito. Levei até ele para conhecer a estátua do Padre Cícero”, completa Maradona, mostrando o registro fotográfico feito aos pés do Padim. Além de Joel, o zagueiro Ronaldo Angelim, filho de Juazeiro do Norte, foi outro atleta a já ter visitado a “casa rubro-negra”. Os ídolos vêm até Maradona, mas ele também vai até os ídolos.

Sonho e morte
Já foram inúmeras visitas a Gávea, a principal sede do Clube de Regatas do Flamengo, onde a maioria dos atletas do clube treinam. Apesar das viagens, um sonho ainda não foi realizado. “Todas as vezes que fui o clube estava em período de férias. Nunca assisti um jogo do Mengão lá no Rio. Meu grande sonho é ver, ao lado do meu pai, o Flamengo jogar no Maracanã”, conta emocionado, deixando um pouco de lado o tom de humor. “Meu pai foi o grande incentivador disso tudo. Eu tenho muito orgulho dele. Assim como tenho pelo Flamengo. Um dia ainda vou realizar esse desejo”, pontua.

Ao ter seu sonho realizado, Maradona diz que já pode morrer “tranquilo”. Mas nem mesmo o assunto fúnebre afasta a temática do clube. “Quero ser enterrado num caixão com as cores e o escudo Mengão, com o hino tocando”. Apesar do desejo, ele humoriza: “Mas não precisa ser agora. Quero viver ainda muitos e muitos anos para ver o Mengão ser campeão”, conclui.

Na despedida, ele faz o pedido de uma foto, seguido por uma mensagem. “Sou apaixonado pelo Flamengo, mas sou contra qualquer violência. Temos que respeitar todo mundo. Minha irmã, por exemplo, torce pelo Botafogo e nem por isso deixo de amá-la. Você é vascaíno e nem por isso deixei de lhe receber bem na minha casa e de tirar uma foto. O futebol não tem mais espaço para intolerância”, finaliza Maradona, “o torcedor flamenguista mais fanático do Cariri”.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Corte no Orçamento promovido por Temer ameaça a Transposição do Rio São Francisco

O Ministério da Integração Nacional, responsável pela execução das obras de Transposição de Águas do Rio São Francisco para alguns estados nordestinos, principalmente o Ceará, sofreu, nesta semana, um corte de R$ 400 milhões nas suas dotações orçamentárias para o presente exercício.

Em nenhum momento do anúncio do contingenciamento desses valores do Ministério da Integração, e dos demais dos outros ministérios atingidos, ressalvou-se o desembolso para a Transposição, a construção de maior significado para este Estado, a partir da Região Metropolitana de Fortaleza, cuja população está sob relativa ameaça de colapso no abastecimento de água em 2018.

Há reservas nos açudes que abastecem a Capital cearense e os municípios periféricos, para, se o consumo for mantido parcimoniosamente pelas famílias e os outros setores dependentes do produto, como ressaltam as fontes do Governo do Estado, ligadas à questão hídrica, satisfazer todas as necessidades até o início do próximo ano, ficando todos, porém, à mercê do inverno de 2018 para continuar usufruindo do importante bem.

Diligenciar
Sem inverno substancioso para recarregar os grandes açudes, no próximo ano, só as águas do Rio São Francisco serão o socorro de mais de um terço da população do entorno da Capital, onde está a maior concentração de pessoas no Estado.

Os representantes cearenses no Congresso Nacional e o próprio governador Camilo Santana, urgentemente, precisam diligenciar no sentido de garantir os recursos para a conclusão da parte da Transposição que permitirá a água chegar ao Ceará.

Todos os problemas políticos nacionais, para o Ceará, neste momento, embora eles sejam danosos à vida nacional em todas as suas vertentes, são menores que a não conclusão das obras de Transposição.

Urge uma pressão de todas as forças políticas locais para impedir que o contingenciamento dos recursos prejudique os serviços recém-autorizados pelo Governo Federal, depois de uma luta dos cearenses, neste espaço reclamada, para destravar a burocracia que estava emperrando a retomada dos serviços de engenharia.

Canteiro
Embora demagogos tenham procurado tirar proveito das providências adotadas para a solução do problema da licitação, dependente de liminar, foi o trabalho das forças políticas que chegou a sensibilizar a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, a dar cabo à judicialização da disputa das construtoras interessadas em fazer o serviço.

Agora, após afastados todos os óbices, mesmo sem sequer efetivamente os trabalhos de execução terem começado, pois o consórcio autorizado a fazer a obra está montando o seu "canteiro", surge esse novo grande obstáculo reclamando uma imediata reação dos políticos.

Deputados estaduais cearenses, por estarem mais próximos das obras e das consequências da falta de água no Interior, já na primeira semana de agosto poderiam fazer uma visita de confirmação da retomada dos serviços de engenharia da Transposição, conforme o anunciado.

Depois, deveriam se reunir com deputados federais e senadores cearenses para se inteirarem sobre os efeitos do contingenciamento dos recursos do Ministério da Integração, a fim de garantirem não haver solução de continuidade nos trabalhos de abertura do caminho para as águas do Velho Chico chegarem até nós. É muito importante, neste momento, o estado de vigilância e de cobrança.

Poços
Se nenhum empecilho houvesse, a conclusão dos serviços de engenharia da parte final da Transposição, em terras do Ceará, permitiria a chegada das águas no início do segundo semestre de 2018. Qualquer atraso, principalmente se for por questão pecuniária, mais distante ficaremos do sonho de termos água do Rio São Francisco.

E, por consequente, mais dependentes estaremos de um bom inverno, apesar de todos os esforços do Governo estadual de buscar alternativas para captar água no subsolo para o consumo humano e atendimento ao setor produtivo. Mas nem em todo o Estado existem aquíferos para tornar as perfurações de poços bem sucedidas, daí as tantas informações sobre tentativas mal- sucedidas em vários regiões, notadamente as que mais reclamam da falta de água.

Retratação
Segunda-feira, 31, o presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque, vai ler para os deputados da Mesa Diretora e da Procuradoria Parlamentar o documento encaminhado pela procuradora de Contas do Tribunal de Contas dos Municípios, Leilyanne Feitosa, relacionado ao fato de ter ela dito, na quinta-feira da semana passada, que os deputados estaduais eram "moleques", motivando manifestação do procurador Parlamentar, deputado Fernando Hugo, cobrando retratação da procuradora, no prazo de 72 horas, além de ameaçá-la de convocação para dar explicações na Assembleia, se não fizesse a retratação reclamada.

Essa situação está ligada ao processo de extinção do Tribunal de Contas dos Municípios, em curso na Assembleia, pela segunda vez, desde dezembro do ano passado. Não é um caso isolado.

Por conta dessa disposição da maioria dos deputados de acabar com o Tribunal, vários desgastes já foram contabilizados pelo Legislativo, a começar pelas manifestações insanas de alguns parlamentares, merecedoras de serem conhecidas pelo Conselho de Ética, também para inibir reações inapropriadas, deselegantes e instigadoras de reprimendas como as da procuradora ou de qualquer outro cidadão, apesar do direito legítimo que todos os cidadãos têm de fazer críticas aos deputados, ao Legislativo e a qualquer ente público nos devidos termos.

EDISON SILVA
EDITOR DE POLÍTICA

Fonte: Diário do Nordeste

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Buscopan Composto gotas é recolhido do mercado

Mais um remédio é descontinuado no país. Desta vez, trata-se do Buscopan Composto gotas (butilbrometo de escopolamina e dipirona sódica monoidratada).

Com ação analgésica, é indicado para o tratamento dos sintomas de cólicas menstruais, intestinais, estomacais, urinárias, entre outros. O remédio é fabricado pela Boehringer Ingelheim do Brasil, que comunicou à Anvisa, em maio, sobre o fim – temporário, afirma a empresa –  da fabricação do medicamento. No dia 13 de junho iniciou-se a retirada do produto de circulação.

“A Boehringer Ingelheim está realizando, de forma voluntária e preventiva, o recolhimento do Buscopan Composto gotas”, afirmou a empresa, em nota à VEJA. O motivo foi “resultado fora de especificação identificado durante estudos de estabilidade, que fazem parte do monitoramento dos produtos farmacêuticos no mercado”.

Vendido em outros países da América Latina, o produto também foi descontinuado na Venezuela, Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai.

A empresa não tem previsão de quando será normalizada a distribuição do composto no mercado nacional, mas ressalta que há alternativas terapêuticas disponíveis, e que demais “produtos da família Buscopan, como Buscopan Composto comprimidos e Buscopan gotas continuam disponíveis” aos consumidores.

Fonte: Veja.com

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Juazeiro do Norte (CE): Construção da Igreja da Colina do Horto foi retomada

Projetada para ser o quarto maior templo católico do Brasil, a Igreja Bom Jesus do Horto, na colina do Horto, neste Município do Cariri cearense, teve suas obras retomadas no mês passado.

Além da arquitetura imponente, em forma de espiral, a Igreja carrega consigo o peso de ter sido um desejo antigo do Padre Cícero Romão Batista, patriarca juazeirense. "Ele sempre sonhou em ter uma Igreja construída na Colina, no ponto mais alto da cidade", recorda Antônio José da Silva, morador do Horto há 30 anos.

Apesar de seus 90 anos de vida, seu Antônio preserva a memória que remete à criação do bairro do Horto e as lendas que envolvem a comunidade. "Desde pequeno acompanho a história do 'Padim Cíço' e sei o quanto ele queria a construção dessa Igreja. Ele sempre teve o desejo de tornar Juazeiro a Capital da Fé e, para isso, acreditava ser necessário fortalecer as romarias e ter uma Igreja à altura da fé católica", lembra. As obras, no entanto, passaram por diversos problemas financeiros. Iniciada em fevereiro de 1999, a construção avançou a passos lentos, por falta de recursos. Hoje, está com apenas 33% de execução.

A perspectiva futura, porém, é animadora. Em maio deste ano, a administração do Horto do Padre Cícero lançou um projeto, abraçado pela distribuidora de energia do Estado, a Enel, com o objetivo de captar doações por meio da conta de energia elétrica. Os recursos provenientes das doações, segundo explica Carmina Freitas, administradora do Horto e idealizadora do projeto, "serão investidos, não só na construção da Igreja, mas na requalificação da Colina do Horto e manutenção da estrutura e obras sociais do Padre Cícero". Atualmente, a fundação desenvolve atividades que beneficiam 400 crianças, adolescentes, jovens e suas famílias de baixa renda, totalizando cerca de 2.000 pessoas.

Luz do Horto
A adesão é feita de forma espontânea, diz Carmina. "Basta o contribuinte informar, por meio de um formulário que será entregue em sua residência, a aceitação ao programa e o pagamento será anexado à conta de energia pela Enel", detalha.

O contribuinte pode doar a partir de R$ 2 por mês e a abrangência do projeto será em todo o território cearense. Os recursos destas doações, acrescenta Carmina, serão utilizados em sua totalidade para execução do aludido projeto em prol da requalificação urbanística, ambiental, paisagística e de desenvolvimento sociocultural.

Com o advento do projeto Luz do Horto, Carmina Freitas estima que a Igreja deva ser concluída em "dois ou três anos, no máximo, dependendo das doações dos fiéis". Para setembro, está prevista a finalização da primeira etapa, que compreende o altar da Igreja. "É uma obra de beleza estética e religiosa. Padre Cícero sempre foi um visionário e sonhava ter uma grande igreja construída na Colina para acolher os milhões de romeiros que todos os anos vêm a Juazeiro do Norte", diz Carmina. Quando finalizada, a Igreja com área total de 6 mil metros quadrados, terá capacidade para 30 mil pessoas, e será a quarta maior do País. O valor total, que engloba a construção da Igreja e a revitalização da Colina, está estimado em cerca de R$ 30 milhões.

De quase todos os cantos da cidade é possível apreciar o teto da Igreja, erguida no ponto mais alto de Juazeiro. A arquitetura, cujo projeto é italiano, impressiona. A construção foi desenvolvida de modo a acolher milhares de católicos, sem pontos cegos e com acústica especial. O ponto mais alto do teto, a Cruz, atinge 50 metros do chão. Além disso, serão três templos, dentro de um, explica Carmina. "O projeto contempla um altar para as grandes missas ao ar livre; a igreja propriamente dita; e uma capela própria para pequenas cerimônias", explica.

A área da construção é de 5.700 metros quadrados, dos quais 2.000 estão sob a grande cobertura. A igreja acolherá 1.300 lugares sentados; a capela outros 100; enquanto, na arquibancada podem encontrar lugar outras 3.000 pessoas em pé. A parte externa da Igreja poderá acolher, em missa campal, 30 mil pessoas. "A igreja se estende idealmente e praticamente a toda a colina, até a Estátua do Padre Cícero, que fica em posição de acolhida dos peregrinos e convidando-os a entrar no grande espaço sagrado que faz da arte e da natureza uma única epifania", pontua Carmina Freitas.

Religiosidade
A religião também está presente na arquitetura. "No nosso entender, a igreja precisa expressar um pouco desta vida do sertanejo e de sua comunhão com o Senhor, por isso esse formato em espiral, que representa o abraço, o acolhimento", detalha a administradora do Horto. Ela destaca, ainda, o altar, como símbolo maior da Igreja. "Ele ocupa justamente o centro. Será um lugar banhado pela luz. Ao redor, foi concebido um piso que lembra a palmeira ou folha carnaúba. Esta árvore tem um sentido muito grande para quem aproveita dela tudo o que pode oferecer: alimento, sombra e abrigo", diz.

Até mesmo a cor preta do granito do piso foi pensada de forma a refletir "todas as cruzes que estão nos painéis de metal ao redor do presbitério". A proposta é revestir as paredes com azulejos brancos, amarelos e azuis, e com desenhos da natureza e do local, como a flor do Juá, palma, jandaia e jangada. Carmina lembra ainda do ambão, local onde se leem as escrituras, a fonte batismal que terá água corrente coletada da chuva e o design da arquibancada. "Será um projeto majestoso. Que une simplicidade e fé, na sua concepção máxima da palavra", finaliza.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Jair Bolsonaro vai deixar o País caso perca a eleição para PT, PSDB ou PMDB

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato à Presidência da República, afirmou em entrevista à revista Veja que caso perca a eleição de 2018 para um candidato do PT, PSDB ou PMDB cogitará deixar o Brasil.

"No meu entender, se tivermos em 2019 um governo que seja do PT, do PSDB ou do PMDB, acho que vai ser difícil eu permanecer no Brasil, porque a questão ideológica é tão ou mais grave do que a corrupção", disse o parlamentar à Veja.

Após a afirmação, a revista questionou qual seria o destino do parlamentar. Ele, então, respondeu que poderia ir para Itália. "Não tenho cidadania ainda, mas a minha origem é italiana. Não pensei com mais seriedade, mas, se você fizer uma pesquisa, verá que o número de pessoas que estão pedindo dupla cidadania europeia tem aumentado muito", comentou.

A entrevista, disponível no site da revista, abordou também outras convicções do parlamentar, que atribui crise econômica à violência e afirma que será candidato para cumprir missão de Deus.

Fonte: O Povo

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STF liberou furto de celulares de até R$ 500. Será verdade?

Uma mensagem circula no Facebook e no WhatsApp dizendo que o Supremo Tribunal Federal (STF) teria “liberado o furto de celulares que custam até R$ 500”, mas ela é completamente improcedente e deturpa a decisão que o tribunal de fato tomou em maio deste ano.

Uma afiliada da Rede Record no Rio de Janeiro inclusive transmitiu na TV uma reportagem repercutindo o dado incorreto. O vídeo também foi publicado no portal R7, mas — novamente — não é verdade.

O que o STF de fato decidiu foi invalidar uma ação penal que tinha sido movida contra um criminoso que furtou um celular em Minas Gerais. Segundo a vítima, o aparelho teria custado R$ 90. Em primeira instância, o réu foi condenado, mas sua defesa pediu em segunda instância que fosse aplicado o princípio da insignificância. Essencialmente, esse princípio previsto em lei é utilizado para evitar que processos legais sejam movidos contra pessoas que praticam furtos de valor irrisório, como pequenos produtos em supermercados.

O caso chegou até o STF, e o Supremo de fato decidiu aplicar o princípio da insignificância em 16 de maio deste ano para este caso em específico. Depois disso, correntes no WhatsApp e posts no Facebook têm repercutido o fato de forma completamente errada, dando a entender que o STF deu aval aos criminosos para que roubassem celulares baratos.

Fake news
Note ainda que a mensagem no Facebook fala em “roubo”, que é uma ação diferente do furto e não tem absolutamente nada a ver com o caso julgado no STF. Roubo é quando um criminoso aborda com violência ou ameaça uma vítima e leva algum de seus bens. Furto se caracteriza quando algum item é subtraído sem que a vítima perceba.

Além do mais, o valor de R$ 500 divulgado nas correntes foi completamente inventado e não aparece na decisão do Supremo. Por fim, para que o princípio da insignificância seja aplicado em qualquer caso, precisa haver um processo penal. Ou seja, uma decisão do STF desse tipo não libera automaticamente nenhum tipo de crime.

No que toca o fato de bandidos supostamente terem garantia de soltura depois de uma audiência de custódia, a mensagem também está completamente equivocada. Segundo apurou o G1 com o Conselho Nacional de Justiça, em 2/3 das unidades federativas, essas audiências resultam em mais prisões preventivas do que em solturas. Ou seja, quem furta ou rouba um celular de R$ 500 pode ser preso e condenado sim e não tem garantia de soltura depois de uma audiência.

Fonte: Tecmundo

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Trecho da estrada de Santa Fé, em Nova Olinda, será interditado por 8 meses

Foto meramente ilustrativa
Iniciada no segundo semestre do ano passado, a obra de revitalização da estrada do distrito de Santa Fé, em Nova Olinda, chega a uma nova etapa, com a construção de pavimento em concreto, também chamado de pavimento rígido. Em função disso, o Departamento Estadual de Rodovias (DER) anunciou que cerca de 15 km serão interditados.

De acordo com a engenheira Talita Leite, o processo exige a total paralisação do tráfego. “Será feito a melhoria nos alargamentos e construção do pavimento rígido, obra que exige tempo para construção e cura”, explica. O trecho será da CE-292 ficará interditado por cerca de oito meses. O desvio, ainda conforme o DER, será em uma estrada carroçável, entre a comunidade de Manoel Coco e o Colégio Agrícola.

“O trecho de aproximadamente 13km exige velocidade baixa, os veículos devem trafegar numa média de 30km/h. Trará morosidade ao tráfego, mas é necessário para a obra”, acrescenta Talita. Com a interdição, o percurso entre as cidades de Crato e Nova Olinda, por exemplo, deve aumentar em cerca de 1 hora.

Obra
Ao todo, 58 quilômetros recebem serviços de pavimentação, revestimento asfáltico e rígido (concreto), drenagem, obras d’arte correntes, sinalizações horizontal e vertical, além de proteção ambiental. O investimento é de R$ 75.436.162,95, do Tesouro do Estado e Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Sem dinheiro, universidades federais demitem terceirizados, reduzem consumo, cortam bolsas e paralisam obras

Representantes de universidades e de trabalhadores do ensino superior afirmam que o impacto do corte de gastos imposto pelo Ministério da Educação (MEC) já muda a rotina de campi pelo país, e que muitas instituições só têm dinheiro para custeio até setembro. Cortes em diferentes setores, demissões de terceirizados e busca por parcerias viraram estratégia para fugir das dívidas (veja, abaixo, exemplos de medidas tomadas pelas universidades).

O "custeio" das universidadades representa os gastos como contas de luz, água, manutenção e pagamento de funcionários terceirizados. Por lei, não são despesas obrigatórias para o governo e, por isso, estão sujeitas a cortes, caso haja contingenciamento. Também pode sofrer cortes a verba de despespas de "capital", ou "expansão e reestruturação", ou seja, as obras realizadas nos prédios das instituições.

Neste ano, o contingenciamento foi anunciado pelo governo federal em março, e atingiu R$ 3,6 bilhões de despesas diretas do Ministério da Educação (além de R$ 700 milhões em emendas parlamentares para a área de educação). Em nota enviada ao G1, o MEC deu detalhes sobre como esse contingenciamento afetou as universidades e institutos federais considerando os gastos de funcionamento das instituições e de obras. Levando em conta o total previsto no orçamento de 2017 para essas duas despesas, o corte foi de 15% do orçamento para o custeio e de 40% da verba para as obras. A pasta explicou ainda que esse corte não é definitivo.

A situação fez com que as universidades e institutos apertassem ainda mais os gastos, já que o orçamento para essas duas despesas em 2017 já era entre 8,1% e 31,1% menor do que o de 2016 (compare nas tabelas abaixo):

Verba cobre gastos até setembro, diz sindicato
O Sindicato Nacional dos Docentes (Andes) diz que os reitores das universidades federais relatam que o dinheiro proveniente dos recursos federais para despesa e manutenção será suficiente somente até o mês de setembro. Para tentar contornar o problema, renegociações de contratos e outras economias básicas se tornaram prioridade, segundo explica o professor Jacob Paiva, secretário do Andes.

Segundo Paiva, as instituições não conseguem reverter o acúmulo de um possível saldo devedor com pequenas ações. “Como, por exemplo, com campanhas de uso racional de energia elétrica como fez a Universidade Federal do Amazonas. Mas de qualquer forma a economia é muito pequena.”

Jacob Paiva é contrário à cobrança de cursos de qualquer finalidade por parte de instituições públicas e rebate a crítica de que não falta dinheiro, e sim, eficácia na gestão dos recursos. "Há um controle da gestão, sempre dá para aprimorar, mas o problema é a diminuição de recursos em um contexto de expansão. Há precarização e diminuição da qualidade do trabalho." Como solução, a Andes defende a aplicação de 10% do PIB na educação exclusivamente em instituições públicas.

Medidas para buscar economia

Detentos na limpeza dos prédios
O pró-reitor de Planejamento da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Anilton Salles, afirma que a instituição firmou parceria com a secretaria estadual de Justiça para que até 150 presos atuem na limpeza do campus. A Ufes começou este mês com 20 detentos atuando no setor.

Renegociação de contrato com terceirizados
A maioria das universidades consome a maior parte dos recursos de custeio com o pagamento de serviços terceirizados, como limpeza e segurança. Na UnB, 75% dos orçamentos é para terceirizados. Em praticamente todas as instituições há relatos de diminuição dos serviços, e em algumas já foram praticadas demissões de funcionários.

A UnB já demitiu 134 trabalhadores da limpeza, 14 jardineiros, 37 da manutenção, 22 da garagem, 32 vigilantes, 62 das portarias e 8 da copa.

Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), dos 129 vigilantes da instituição, 56 já foram demitidos. Já a reitoria da UFPel demitiu 50 funcionários e extinguiu 30% das bolsas de pesquisa e de extensão.

Controle de gastos com laboratórios, telefone, água e luz
Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), uma das formas de contornar a falta de verba foi trocando lâmpadas menos eficientes por mais modernas, de LED. Além disso, a ordem geral é para redução de gastos de custeio, diminuindo o uso de papel, água, telefone e energia elétrica em geral.

Na Universidade Federal do Piauí (UFPI) já há reclamação por falta de insumos nos laboratórios da graduação.

Na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o reitor Pedro Rodrigues Curi Hallal afirma que já há dificuldade para quitação de boletos básicos. "Afora a absoluta insuficiência da verba de capital, estamos tendo dificuldades quanto ao pagamento das contas regulares da universidade, especialmente as que dizem respeito aos serviços terceirizados e às despesas com energia elétrica, água e telefone", disse.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) critica o contingenciamento, mas busca sobretudo avançar na economia de energia. A instituição, que, em junho, sofreu com o corte do fornecimento de energia elétrica, lançou uma campanha interna para reduzir 25% do consumo. "Logramos redução significativa em gastos com limpeza e segurança, mas ainda não conseguimos reduzir a nossa maior conta: o gasto com energia elétrica", afirmou a UFRJ em nota.

Paralisação de obras e redução em bolsas
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) afirma que tem 42 obras paradas, algumas já desde 2013. E que a estimativa é que somente um aporte de R$ 20 milhões exclusivamente para esse fim poderia garantir a retomada dos projetos.

A Universidade Federal do Acre (Ufac) é uma das instituições onde os administradores apontam que até obras de manutenção dos campi e investimento em infraestrutura prejudicados.

Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e na Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), os pesquisadores relatam redução em bolsas e pesquisas, o que compromete a qualidade do ensino.

Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pesquisadores, estudantes e professores lançaram o “tesourômetro”, equipamento que pretende medir as perdas do setor. Segundo os idealizadores da medida, a pesquisa no Brasil perde em média R$ 500 mil por hora em verbas federais.

Fonte: G1

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Você limpa a esponja da cozinha? Não faça isso!

É dia de limpeza. Você acordou com sangue nos olhos – louco para acabar com infestação de bactérias da sua esponja, aquela massa amarela molenga que te espera na pia da cozinha todos os dias após o jantar.

Para resolver o problema, avós do mundo todo têm um só conselho: colocar a dita cuja no microondas para matar todos os micróbios, e de quebra melhorar um pouco a textura pegajosa. Péssima ideia.

Em um artigo publicado na semana passada, a equipe do microbiólogo alemão Markus Egert revelou que cozinhar a esponja no forno só elimina as bactérias inofensivas do objeto. As perigosas de verdade aproveitam o calor e o espaço de sobra e formam, nas palavras dos cientistas, “colônias massivas”.

A pesquisa de embrulhar o estômago começou com a análise do DNA e RNA escondido em 14 esponjas de lavar louça típicas. Cada centímetro cúbico continha em média 54 bilhões de bactérias de 362 espécies diferentes. Tudo graças ao ambiente, que é úmido, quente e cheio de nutrientes.

“Essa é a mesma densidade que nós encontramos em amostras de fezes humanas”, afirmou Egert ao New York Times. “Provavelmente não há outro lugar na Terra com densidades tão altas.”

As notícias ruins não param por aí. A equipe da Universidade de Furtwangen também constatou que as concentrações de bactérias Chryseobacterium hominis e Moraxella osloensis – responsável pelo característico cheiro de roupa suja e algumas infecções no ser humano – eram mais altas em esponjas que passavam por higienização regular.

Ou seja: se não dá para evitar a quantidade, é melhor evitar a qualidade. Da mesma forma que tomar antibióticos de maneira irregular aumenta a resistência dos microorganismos causadores de doenças, colocar a esponja no microondas ou encharcá-la de vinagre só facilita a seleção natural – dando espaço para que as bactérias que vieram mais fortes de fábrica se reproduzam aos montes depois da aniquilação de suas colegas mais fracas.

A melhor solução é mesmo jogar a bichinha fora e abrir uma nova. Sem dó nem piedade.

Fonte: Superinteressante

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Temer corta R$ 7,4 bi do PAC, quase 30% dos recursos, com bloqueio do Orçamento

O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) será a principal vítima do bloqueio adicional de recursos no Orçamento anunciado na semana passada. Dados informados nesta quinta (27) pelo Ministério do Planejamento mostram que o programa perderá R$ 7,4 bilhões em recursos, ou 27% do previsto até então.

Além de R$ 5,2 bilhões bloqueados no programa, ou 88% do contingenciamento de R$ 5,9 bilhões anunciado na semana passada, o governo irá redirecionar R$ 2,2 bilhões do PAC para atender a demandas de emergência dos ministérios, como contratação de carros pipa e recursos para a Polícia Rodoviária Federal.

O restante do bloqueio virá do corte de emendas obrigatórias de bancada (R$ 214,3 milhões a menos) e nas emendas obrigatórias individuais (R$ 426,2 milhões a menos).

Os ministérios das Cidades, Integração e dos Transportes, que possuem projetos dentro do PAC, serão os maiores afetados pela contenção de despesas públicas.

Na semana passada, ao aumentar a tributação dos combustíveis, o Ministério do Planejamento informou que seria necessário bloquear R$ 5,9 bilhões adicionais nas despesas previstas para este ano, o que faz com que a parcela congelada do Orçamento some pouco mais de R$ 44 bilhões.

Segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, toda as pastas terão que apertar o cinto. Só deverá ser preservado o Ministério da Saúde, cujo fluxo de despesas já está no limite do piso estabelecido em lei.

Com o bloqueio, o governo aposta no cumprimento da meta de deficit orçamentário deste ano, de R$ 139 bilhões, apesar do ceticismo de analistas do mercado financeiro e de setores políticos dentro da própria gestão Michel Temer.

A contenção de despesas vem provocando a suspensão de atividades públicas, como a emissão de passaportes, além de afetar o trabalho em órgãos como a Funai e a fiscalização de agências reguladoras.

O desgaste levou parte do governo a considerar a revisão da meta de deficit do ano, embora a ideia ainda sofra resistência no Palácio do Planalto e entre os técnicos da área econômica.

Em junho, segundo dados do Tesouro Nacional, o rombo acumulado em 12 meses chegou a R$ 182,8 bilhões. 

 Fonte: Folha.com

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Governo Temer vai demitir servidores concursados

Na tentativa de cortar gastos para cumprir a meta de deficit, o governo Michel Temer anunciou nesta segunda-feira (24) um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para tentar reduzir em cerca de R$ 1 bilhão por ano as despesas com a folha de pagamento dos servidores do Poder Executivo.

O plano terá ainda uma opção que não resultará na exoneração, mas na redução da carga horária, com diminuição proporcional do salário –de 8 horas diárias para 6 ou 4 horas. Neste caso, haverá um prêmio de 30 minutos por dia.

Segundo o Ministério do Planejamento, os detalhes serão definidos por uma medida provisória que será enviada ao Congresso ainda nesta semana.

Hoje, os órgãos ligados ao Executivo contam com cerca de 500 mil servidores e, para estimular adesões, o governo pretende pagar 1,25 salário para cada ano trabalhado. O programa deve ficar aberto até 2022.

O dispêndio anual com salários é de cerca de R$ 284 bilhões e só perde para o pagamento de aposentadorias, que consomem cerca de R$ 560 bilhões do Orçamento.

Apesar de lançar o programa neste ano, a economia com o pagamento de salários só começará a valer no próximo. O governo já deve incluir a previsão de redução dessas despesas na proposta de Orçamento de 2018 que será enviada ao Congresso no final de agosto.

"Essa medida reforça a atenção que o governo tem dado à contenção das despesas", disse o ministro Dyogo Oliveira (Planejamento) à Folha.

O PDV de Temer é a primeira proposta de enxugamento da máquina pública desde o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), quando foram desligados cerca de 5.000 servidores do Executivo em programa anunciado em 1996.

Em um evento com investidores realizado em São Paulo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o PDV ainda estava sendo discutido e que o Planejamento "antecipou".

"É um projeto do MP [Ministério do Planejamento] que foi concluído hoje", disse Meirelles. "Dentro do procedimento correto, anuncia imediatamente evitando vazamento. Vamos ver se é viável, se haverá a adesão", afirmou.

A expectativa da Fazenda, ainda segundo o ministro, é de ter pelo menos 5.000 adesões na primeira fase do PDV.

O plano de demissão incentivada do governo federal amplia para a administração direta o que já vem ocorrendo com as estatais. Um programa de reestruturação, também conduzido pelo Ministério do Planejamento, prevê um corte de pelo menos 20 mil funcionários nas estatais neste ano.

Em 2016, foram 22 mil desligamentos por programas incentivados de demissão nas estatais. O alvo são as estatais endividadas como Correios, Eletrobrás e Petrobras, que pretende cortar em cerca de R$ 30 bilhões sua folha de pagamento até 2020.

Aperto fiscal
A medida é mais um passo da equipe econômica para evitar o descumprimento da meta de deficit de R$ 139 bilhões. Para isso, na semana passada, o governo anunciou um bloqueio de R$ 5,9 bilhões em despesas.

Integrantes da equipe econômica afirmam que, desta vez, a maior parte do arrocho será em programas de investimento dos Ministérios das Cidades e dos Transportes.

O ministro Dyogo Oliveira não quis comentar onde serão feitos os novos ajustes, que terão de ser definidos por decreto até a segunda-feira (31).

No entanto, ele afirmou que, nas próximas semanas, outras medidas de "curto prazo" serão adotadas. Assim que elas forem implementadas, os gastos serão desbloqueados. 

Fonte: Folha.com

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Rivotril e seus semelhantes matam mais do que Cocaína e Heroína

Na tentativa de cortar gastos para cumprir a meta de deficit, o governo Michel Temer anunciou nesta segunda-feira (24) um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para tentar reduzir em cerca de R$ 1 bilhão por ano as despesas com a folha de pagamento dos servidores do Poder Executivo.

O plano terá ainda uma opção que não resultará na exoneração, mas na redução da carga horária, com diminuição proporcional do salário –de 8 horas diárias para 6 ou 4 horas. Neste caso, haverá um prêmio de 30 minutos por dia.

Clonazepam composto químico, cujo nome fantasia mais popular é o Rivotril,  tem sido usado para tratar ansiedade e distúrbios do sono. Pertence a uma classe de drogas chamadas benzodiazepinas. Em uma série de estudos realizados em Vancouver, as benzodiazepinas têm sido associadas a taxas de mortalidade mais altas do que as drogas ilegais, como a heroína ou a cocaína.

Os profissionais de saúde estão soando o alarme sobre o aumento do risco de morte associado ao uso de drogas psiquiátricas, o que foi destacado nos estudos de Vancouver publicados este mês.

Benzodiazepina (BZD) representa uma classe de medicamentos psiquiátricos conhecidos como “tranquilizantes” que podem reduzir a capacidade do corpo para respirar e são usados para tratar a ansiedade, distúrbios do sono, convulsões entre outras condições. Neste grupo se incluem drogas comumente prescritas, como Valium, Xanax e Rivotril.O primeiro dos estudos, que envolveu pesquisadores do Centro de Excelência em HIV e da Universidade de Vancouver, analisou o impacto do uso dos benzodiazepínicos sobre as taxas de mortalidade, e estabeleceu que o seu uso foi associado a um maior risco de morte do que as drogas ilegais.

O Dr. Keith Ahamad é um dos vários pesquisadores dos estudos realizados em Vancouver que estabeleceram que o uso de benzodiazepínicos está ligado a uma maior taxa de mortalidade do que as drogas ilegais. “Há muitas pesquisas feitas sobre as drogas mais tradicionais de abuso, como as drogas ilegais como a heroína, a cocaína e as anfetaminas, mas não se sabe muito sobre o abuso das drogas legais”, disse o Dr. Keith Ahamad, clínico Cientista e médico no St. Paul’s Hospital.

O estudo pesquisou um grupo de 2.802 usuários de drogas entre 1996 e 2013. Os participantes foram entrevistados semestralmente durante uma duração média de pouco mais de cinco anos e meio cada. Ao final do estudo, 527 (18,8 por cento) dos participantes haviam morrido.

Os pesquisadores descobriram que a taxa de mortalidade foi 1,86 vezes maior entre os usuários de drogas que usaram benzodiazepínicos, em comparação com aqueles que não usavam. Ahamad observou também que mesmo depois que os pesquisadores isolaram outros fatores que poderiam influenciar a mortalidade, como o uso de outras drogas, infecções e comportamentos de alto risco, a taxa de mortalidade permaneceu alta entre os usuários de benzodiazepínicos .

Um segundo estudo conduzido em um grupo menor, mas dentro do mesmo grupo citado acima, examinou a ligação entre o uso de benzodiazepínicos e a infecção de hepatite C (HCV). Dos 440 indivíduos negativos ao HCV que participaram do estudo, 158 relataram uso prescrito ou ilícito de benzodiazepínicos e 142 participantes contraíram HCV durante o curso do estudo.

O estudo concluiu que o uso de benzodiazepínicos está associado a uma taxa mais elevada de infecção de HCV: As taxas de infecção eram 1.67 vezes mais alta entre os participantes do estudo que usaram benzodiazepínicos, comparados com aqueles que não.

“Não há muita evidência científica para dizer que essas pessoas deveriam tomar esses medicamentos cronicamente”, disse Ahamad, reconhecendo que há uma tendência a se apoiar em medicamentos psiquiátricos prescritos, embora outras medidas não-farmacológicas – tais como psicoterapia, técnicas de respiração, tratamento sociológico – estão disponíveis.

Dr. Thomas Kerr, professor de medicina na UBC, ecoou esses sentimentos: “Muitas vezes, estamos procurando uma resposta em uma pílula, e muitas vezes, negligenciamos outras opções de tratamento”.

Ambos os médicos notaram que há muito pouca evidência para apoiar o uso de longo prazo de benzodiazepínicos.

“O mais interessante sobre isso é que se trata de um medicamento de prescrição, e as pessoas pensam que estão seguras”, disse Ahamad. “Mas, como se vê, provavelmente estamos prescrevendo essas drogas de uma forma nociva”

Kerr observou que o aumento de mortes relacionadas ao uso de benzodiazepínicos – “Tem sido uma epidemia de infusão há muitos, muitos anos” – reflete muito de perto um aumento de mortes relacionadas ao uso de opioides que tem sido amplamente documentado. Ele citou um quádruplo aumento nas mortes relacionadas ao uso de benzodiazepínicos nos Estados Unidos entre 1999 e 2014, e também observou que há 50 por cento mais mortes a cada ano nos Estados Unidos devido mais à medicina psiquiátrica do que à heroína.

“Esses estudos realmente revelam quão perigosas são essas drogas e devem ser usadas com grande cautela”, disse Kerr. “Não podemos nos concentrar apenas nos opioides, precisamos olhar para outros medicamentos que são usados em combinação”.

Ahamad acredita que grande parte do ônus é sobre os médicos, que precisam ser devidamente educados antes de prescrever benzodiazepínicos. Ele também reconheceu que a falta de médicos de família tem levado muitas pessoas a procurar clínicas, onde os registros de pacientes podem não ser muito precisos a respeito do histórico de tratamento do indivíduo. Kerr observou que também precisa haver um fortalecimento na forma como as prescrições são monitoradas e prescritas.

“Há riscos que vêm com esses medicamentos e precisamos ser muito, muito cuidadosos sobre como estamos prescrevendo-os”, disse Ahamad.

Os estudos foram publicados em Public Health Reports, no American Journal of Public Health e no Vancouversun.

Fonte: Folha.com

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