Fundação Casa Grande e a linguagem audiovisual

O batuque dos irmãos Aniceto, o trabalho de Expedito Seleiro, a produção agroecológica de Zé Arthur. Nada foge ao olhar dos meninos da Fundação Casa Grande que, desde 1998, fazem um trabalho com a linguagem audiovisual e produzem, mensalmente, programas em linguagem de documentário sobre o trabalho da Instituição, os mestres da cultura e o patrimônio material e imaterial da região do Cariri. Tudo está no YouTube.

Com equipamentos conquistados através de editais, as crianças e jovens fazem a captação, edição e difusão. O principal produto é o 100 Canal, trocadilho que surge com o fato da TV Casa Grande ter sido lacrada pela Anatel, após ter ido ao ar, experimentalmente, pelas mãos dos meninos da Fundação. “São vídeos curtos, de cinco minutos, que retratam o Cariri, os mestres da cultura popular, show, espetáculos e atividades que acontecem dentro da Casa Grande”, explica o estudante Lucas Nunes.

Mas antes disso, a Casa Grande já realiza documentários, séries para televisão e fez dois filmes musicais de shows com projeção de imagens do Cariri, como o “Rua do Vidéo”, da Abanda. No entanto, os meninos já têm outros projetos, estudando novas linguagens de vídeo.

Felipe Alves, diretor de comunicação, conta que a Casa Grande trabalha com o exercício de repassar informações. Assim, outras crianças aprendem, em oficinas, como manusear os equipamentos, editar os vídeos e dar continuidade ao trabalho. "Todo mundo sabe um pouco de cada assunto. A gente domina um pouco de casa espaço. Mas também vêm pessoas dar oficinas, a gente vai pesquisando".

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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