Projeto de escola cratense fica em 1º lugar e classifica-se para evento internacional

O projeto Carolina de Jesus, da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Maria Violeta Arraes de Alencar Gervaiseau, localizada em Crato, conquistou o 1º lugar na categoria Linguística, Letras e Artes da Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia, realizada em Recife, no mês de setembro.

Com a conquista no evento, o projeto classificou-se para o XV Movimento Internacional de Atividades de Lazer em Ciência e Tecnologia, que acontecerá em Antofagasta, no Chile, em setembro de 2018.

A pesquisa desenvolvida pelos alunos Pedro Lucas Juvino e João Victor Alves Pinheiro tem o objetivo de resgatar a vida e a obra de umas das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil. O trabalho recebeu, ainda, o prêmio de Projeto de Pesquisa Destaque Geral no evento, além de um convite para publicação em revista científica internacional e do Mérito de inserção de obras de Carolina de Jesus na bibliografia do Mestrado em Inclusão Social da Faculdade Integrada de Pernambuco (Facipe).

O aluno Pedro Lucas explica o que aprendeu com o trabalho durante a pesquisa. “Falar de Carolina é, em parte, falar da minha própria história, pois como aluno negro e de escola pública, pude crescer junto com o nosso projeto, fazendo, a exemplo dessa mulher, uma verdadeira mudança pessoal e social”, lembra.

Conforme o diretor da escola, José Roberto de Oliveira, a pesquisa desenvolvida pelos alunos tem caráter interdisciplinar, perpassando as áreas da filosofia, sociologia, antropologia, literatura, comunicação e dos estudos culturais. “É, sem dúvida, um trabalho de relevante contribuição para o campo das ciências sociais, abordando questões relacionadas a gênero, cultura e sociedade”, frisa o gestor.

Inovação
Em 2016, o projeto participou do Ceará Científico, ação promovida pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Educação, que reúne ideias inovadoras de estudantes de todo o estado, em diversas áreas do conhecimento, contemplando múltiplas formas de expressão.

O trabalho dos estudantes ficou em 1º lugar na categoria Linguagens. Também recebeu o prêmio de melhor apresentação, conferido pela Associação Brasileira de Incentivo à Ciência e Tecnologia (Abritec).

Sobre Carolina de Jesus
A escritora viveu boa parte da sua vida na favela do Canindé, em São Paulo, sobrevivendo como catadora de papéis. Em 1960, graças à ajuda de um jornalista, conseguiu publicar seus escritos sob o nome “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, que de acordo com a pesquisa dos estudantes, expõe as mazelas de um contexto social excludente e segregador.

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