O orkut voltou? Veja o que descobrimos

A rede social foi criada por Orkut Büyükkökten,
ex engenheiro do Google, em 2004.
A primeira coisa que você precisa saber é que o Orkut não voltou. O que ocorreu foi a criação de um clone da rede social ─ que acabou em 2014 ─ quase perfeito. A página orkut.li traz a mesma interface da finada plataforma do Google, criada por Orkut Büyükkökten em 2004. Mas, nem tudo funciona perfeitamente, a começar pelos links de "Sobre", "Termos de Uso e Privacidade" que não são clicáveis. A única opção na página inicial é criar um perfil com e-mail e senha ou fazer login. Como o site não tem protocolo https, ele não oferece segurança na troca de dados. Mas, não é só isso ...

Alerta no Google Chrome
Caso o acesso seja feito pelo Google Chrome, o navegador alerta "security error". Ou seja, dispara um enorme banner em toda a tela informando que há um site enganador na sequência. "Os atacantes no www.orkut.li podem enganá-lo para fazer algo perigoso como instalar software ou revelar suas informações pessoais (por exemplo, senhas, números de telefone ou cartões de crédito)", informa o texto. Ainda assim, clicando em detalhes, o usuário pode optar por seguir.

Em visita ao Vírus Total (www.virustotal.com), site que faz a análise de segurança de links, é possível observar que o orkut.li recebeu um alerta do Google Safebrowsing para "Phishing site". Ou seja, uma página que pode usar métodos que o navegador não considera sadios para obter informações do usuário.

Registro polêmico
O TechTudo pediu uma análise do link para a Kaspersky, que informou que o domínio orkut.li tem registro datado de 2006 e que, desde então, passou pelas mãos de vários donos, além de ter sido hospedado em muitos lugares. Atualmente o site está registrado no nome de "Murillo Faga" com um endereço fictício no Brasil (Av. Paulista).

"Por conta da falta de reputação do domínio — ou seja, registrado provavelmente sob um nome falso e por uma empresa não idônea — não é indicado registrar dados pessoais neles e nem confiar como rede social primária. Dados falsos no whois geralmente não são um bom indicativo", diz a fabricante de antivírus.

"Portanto, o não recomendaríamos por questões ligadas a privacidade e cuidado dos dados pessoais, já que não sabemos o que dono do site fará com os dados (como por exemplo vender a lista de e-mail para spammers)", completa o relatório.

Sem vírus
Neste momento, porém, a Kaspersky afirma que o site não está distribuindo nenhum tipo de malware (vírus). Entretanto, o Google SafeBrowsing considera o site como falso. Ou seja, o classifica como potencial phishing. Sendo assim, mais uma vez, não é recomendado usar seu e-mail de rotina (existe a opção de criar um e-mail temporário) e senha de outros serviços e redes sociais para se aventurar.

Google relembra fim do Orkut
Procurado, o Google não comentou a criação de mais uma versão não autorizada do site. Nos últimos anos foram criados o Orkuti, o Orkutando e outras cópias que pareciam muito com a versão original. A gigante de buscas apenas relembrou que o Orkut acabou em 2014. Em 2016, chegou ao fim o prazo para recuperar e baixar as fotos e, em abril deste ano, encerrou de vez o arquivo de comunidades que tornou público após a morte da rede social.

Para quem ainda sente saudade de recursos como comunidades, jogos e outras funções que nasceram no Orkut, antes de chegar ao Facebook, por exemplo, pode buscar refúgio na hello, outra rede social criada por Büyükkökten em 2016. Voltada para os celulares, a hello nasceu mobile pelas mãos do mesmo fundador do Orkut. Veja dez curiosidades da rede social e conheça as comunidades da hello, que não tem donos. Você também pode enviar convites para os amigos.

Na época do lançamento, Büyükkökten abriu o coração e disse que a 'evolução das redes sociais' provocou o fim do Orkut. "Muita coisa aconteceu no setor desde o lançamento do orkut.com. Social Media é um setor em constante evolução. É muito importante inovar sempre e manter-se em contato com as gerações, padrões de uso e temas sensíveis à comunidade. As redes sociais que não evoluem ao longo do tempo correm o risco de ficar irrelevantes", disse.

Fonte: Techtudo

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