Prática do balonismo chega ao Cariri

Contemplar a imponente Chapada do Araripe do alto, através do sobrevoo de um balão será uma realidade. Presente no imaginário dos adeptos de aventura e amantes da natureza, a prátioca do balonismo chega ao Cariri em julho. Uma empresa de turismo de aventura vai ofertar esse serviço na região e a viagem, que deve durar cerca de uma hora, ainda não tem preço fixado, mas já possui grande procura.

A promessa da empresa Iguanna Turismo de Aventura é tornar o momento especial para quem sobrevoa a Chapada, que está localizada na divisa dos estados do Ceará, Piauí e Pernambuco e que abriga uma floresta nacional, uma área de proteção ambiental, e um geoparque, o primeiro das Américas a ser reconhecido pela Unesco. Além de apreciar a mata, o público ouvirá histórias, lendas e mitos narradas por antigos habitantes da região. Durante o voo também será explicado como se deu a formação da Chapada. A expectativa é de que o novo serviço aqueça o turismo ecológico, que já conta com trilhas, arvorismos, rapel e outros.

Aristóteles Teles, diretor da empresa, avalia a chegada do balonismo na região como “um marco”. Segundo conta, a escolha pelo Cariri se deu através da importância ecológica e riquezas naturais que a região possui. Agregado à natureza, o balonismo valoriza, sobremaneira, a contemplação. “Aqui temos a primeira Chapada do Araripe instituída por decreto federal. Nosso objetivo é ir além do turismo, queremos fazer com que as pessoas olhem e cuidem mais, para que a partir desse conhecimento e envolvimento, elas possam respeitar essa área, dando a devida importância”, disse.

O processo de escolha pelo Cariri, para ser a região contemplada com o balonismo, envolveu uma pesquisa que identificou cidades que tinham potencial para o ecoturismo. “A Chapada foi o local ideal”, pontua Aristóteles, que também é guia turístico credenciado no Ministério do Turismo. Ele será um dos pilotos do balão na segunda fase do projeto. Inicialmente, o projeto contará com dois pilotos vindos do Estado de São Paulo.

Embora ainda não tenha uma data definida para o sobrevoo inaugural, a empresa garante que esse prazo não deve ultrapassar o mês de julho. “O projeto esta na fase final, em contato com os parceiros”, explica Teles. Quando iniciado, a promessa é que o desporto aeronáutico contemple variados públicos. “Idosos, pessoas com mobilidade reduzida, atendimento em português, inglês, espanhol e libras; nosso intuito é fazer com que todos conheçam a Chapada”.

“A ideia é expandir”, detalha Aristóteles. Ele revela que o Cariri pode vir a se tornar referência no balonismo nos próximos anos. O pensamento é fazer com que a região receba torneios nacionais e internacionais no futuro. “A economia será aquecida, assim como aquece em outros centros que possuem o balonismo. É um novo turismo. As pessoas vão ter um motivo a mais para visitar a região. Queremos não só implantar esse projeto, mas desenvolvê-lo e ampliá-lo da melhor forma possível”, detalha, ao acrescentar que um dos objetivos é “divulgar a Chapada do Araripe para o Brasil e além dele”.

Fique por dentro
O balonismo já é uma prática secular. O esporte aéreo praticado com um balão de ar quente que proporciona ao praticante a sensação de ficar mais próximo do céu possui adeptos em todo o mundo, e no Brasil tem ganhado popularidade. A primeira tentativa de voo com um balão de ar quente no Brasil foi feita pelo padre brasileiro Bartolomeu de Gusmão, em 1709. De lá para cá, a técnicas de voo evoluíram e a utilização do balão se tornou mais segura para aqueles que se aventuram no esporte.

Em 1885 aconteceu o primeiro  voo de balão no Brasil. Bem antes, porém, os irmãos franceses, Etiene e Joseph Montgofier, realizaram o primeiro teste com um balão em 1783. O voo foi considerado um sucesso e visto por quase toda a população de Paris da época. Em 1987 foi fundada a Associação Brasileira de Balonismo (ABB), entidade máxima do esporte no Brasil.

Quanto ao balão, ele é divido em algumas partes independentes. Envelope, maçarico, cilindro, cesto. O combustível utilizado pelos balões é o propano. A ventoinha é utilizada para encher o balão com ar frio.

Fonte: Diário do Nordeste

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