Santana do Cariri (CE): Museu conta atualmente com cerca de 10 mil fósseis

Criado em 18 de abril de 1985, pelo então prefeito de Santana do Cariri, Plácido Cidade Nuvens, falecido no ano passado, o Museu de Paleontologia foi inaugurado no dia 25 de julho daquele mesmo ano. Implantado onde existe uma das mais ricas jazidas de fósseis do mundo do período cretáceo, o local conta atualmente com cerca de 10 mil peças fósseis, entre o material exposto e, também, a reserva técnica.

Foi o primeiro acervo de fósseis do País e está em estudos para seu tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Nacional (Ipham). Em 1990, sua administração ficou sob a responsabilidade da Universidade Regional do Cariri (Urca), e é hoje referência mundial para o estudo da paleontologia. O repasse para a universidade teve o intuito de dispor o material para a pesquisa e preservação.

O Museu de Paleontologia está entre os maiores do País, com a maior coleção da era Cretácea. As peças chamam a atenção dos pesquisadores pelo estado de conservação, inclusive com algumas preservando o tecido mole. Um livro aberto para a descoberta da história da terra e das espécies, afirmam os estudiosos. Os registros datam cerca de 110 milhões de ano pretéritos, que podem ser fonte de pesquisa para descobertas científicas.

O local também fortalece a economia e o turismo na região. Desde que foi inaugurado, há quase três décadas, o Museu já recebeu mais de 300 mil visitantes, número que impacta direta e positivamente a cadeia econômica da cidade.

Além disso, segundo pesquisadores, o equipamento valorizou, com maior propriedade, os fósseis e intensificou a luta pela preservação do material na região que tinha, no contrabando, um dos principais vilões, hoje combatido de forma mais eficiente através de vigilâncias dos órgãos competentes. Um importante avanço no combate ao contrabando foi a instalação de um escritório do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) em Crato. O departamento fiscaliza, dentre outras atribuições, as dezenas de minas de pedra existentes no Cariri.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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