Juazeiro do Norte (CE): Metrô do Cariri está parado desde novembro

Parado desde novembro do ano passado, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Cariri divide opiniões quanto à sua operacionalidade e importância para o transporte de passageiros entre as cidades de Crato e Juazeiro do Norte. Inaugurado em 2009, em operação assistida, isto é, com serviço ofertado em horários reduzidos como forma de experiência, o VLT chegou à região com a promessa de "requalificar o transporte ferroviário de passageiros" e, naquele ano, o equipamento transportou aproximadamente 10 mil usuários.

No ano seguinte, já com horários estendidos, foram cerca de 90 mil usuários. Nos anos subsequentes, o número de passageiros só cresceu. Em 2011, foram 295 mil e, em 2014, o VLT atingiu seu ápice, com 390,6 mil passageiros transportados. No ano passado, de acordo com Cia Cearense de Transportes Metropolitanos, empresa que administra o equipamento, foram 365 mil usuários. Estes números, segundo o Governo, "cumprem, portanto, importante função pública ao oferecer alternativa no deslocamento entre duas cidades de grande relevância em uma das áreas de maior movimentação econômica, cultural e religiosa fora da Região Metropolitana de Fortaleza".

Paralisação
Em novembro do ano passado, devido ao avanço do projeto da Avenida do Contorno, em Juazeiro do Norte, o VLT do Cariri teve que interromper a operação para possibilitar a construção de dois viadutos que passarão sobre a via férrea. O prazo inicial para retorno da operação do VLT era de 60 dias, portanto, já extrapolado. "O período de chuvas fortes na região ocasionou atrasos nos trabalhos e a necessidade de recuperação de algumas estruturas de drenagem e na própria via férrea", justificou a empresa que gere o VLT. A retomada das atividades ainda não tem data definida.

Para a atendente de consultório Maria Isaura Oliveira Silva, que utilizava o equipamento, "ponto ruim é que eu tinha que caminhar uns cinco minutos da estação até o trabalho", lembra. Hoje, o mesmo percursos é feito de ônibus. "Não mudou em nada", pontua.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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