Pesquisa na Bacia Sedimentar do Araripe rende artigo em renomada revista internacional

Intitulado "Novos dados sobre a anatomia do caule e folha de duas coníferas do Cretáceo Inferior da Bacia do Araripe, Nordeste do Brasil, e suas implicações taxonômicas e paleoecológicas (https://goo.gl/odNjee), o artigo é resultado de pesquisa realizada por integrantes de instituições nacionais e estrangeira: além de Maria Edenilce (UFC), Delmira da Costa Silva (Universidade Estadual de Santa Cruz), Marcos A. F. Sales (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Artur A. Sá (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal), Antônio A. F. Saraiva (Universidade Regional do Cariri) e Maria Iracema Bezerra Loiola (UFC).

Maria Edenilce Peixoto Batista é orientada pela Profª Maria Iracema Bezerra Loiola e vinculada ao Laboratório de Sistemática e Ecologia Vegetal (Lasev) da UFC.

O artigo aborda características anatômicas de Pseudofrenelopsis e Brachyphyllum, duas coníferas fósseis datadas do Cretáceo Inferior e encontradas na Formação Crato da Bacia Sedimentar do Araripe, no Nordeste brasileiro. Pseudofrenelopsis inclui, até agora, P. capillata e espécies indeterminadas, enquanto Brachyphyllum é representado principalmente por B. obesum, o megafóssil vegetal mais comum presente nessa unidade estratigráfica. Juntamente com algumas implicações paleoecológicas, os dados sugerem a presença de mais de uma espécie de Pseudofrenelopsis na flora pretérita da Bacia do Araripe e, ainda, corroboram o posicionamento taxonômico de B. obesum dentro da família Araucariaceae, a qual inclui atualmente o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia).

Os resultados apresentados no estudo advêm de pesquisa empreendida desde o mestrado de Maria Edenilce, bem como dos primeiros dados obtidos durante seu doutorado em andamento. Os próximos passos da pesquisa incluem a análise macro e microscópica de outros espécimes de plantas fósseis da bacia sedimentar em questão e a comparação destes com espécimes de coleções internacionais.

Segundo Maria Edenilce, ao fim de sua pesquisa de doutorado, espera-se que a flora que havia há mais de 100 milhões de anos na Bacia Sedimentar do Araripe esteja mais bem caracterizada em termos de diversidade florística e estratégias adaptativas às condições paleoecológicas da época.

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