Professores da UFC, UFCA e Unilab seguem em greve

Os professores da Universidade Federal do Ceará (UFC), da Universidade Federal do Cariri e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) seguem em greve por tempo determinado até o dia 13 de dezembro. A medida foi aprovada em assembleia na última sexta-feira (18), conforme a Associação dos Docentes das Universidades Federais do Ceará (Adufc). Os servidores técnico-administrativos das instituições também estão em greve desde outubro.

A categoria acompanha mobilização nacional contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, que limitaria os gastos públicos à variação da inflação pelos próximos 20 anos. Em todo o país, há professores universitários das redes federal e estadual em greve.

No início de novembro, os professores das universidades federais do Ceará recusaram, em plebiscito (606 a favor, 913 contra), a realização de greve por tempo indeterminado. Já na assembleia do último dia 18, a categoria votou (211 a favor, 190 contra) pela greve até o dia 13 de dezembro, quando deve ocorrer a votação da PEC do teto dos gastos no Congresso.

Desde a assembleia, conforme a Adufc, há professores que estão apoiando estudantes, participando de palestras e aulas públicas nas ocupações. Em nota, a reitoria da UFC informou que recebeu o comunicado da Adufc sobre a deflagração de greve e que respeita a autonomia da entidade sindical.

Greve afeta universidades, diz sindicato
Professores universitários das redes federal e estadual em mais de 30 instituições de ensino superior entraram em greve nesta quinta-feira (24), de acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). Além dessas, nas quais já foi deflagrada a greve, há outras instituições com indicativo de paralisação.

"O quadro muda constantemente. O número de instituições tende a aumentar, porque estão ocorrendo rodadas de assembleias", relata Alexandre Galvão, secretário-geral do Andes. Até a noite de quarta-feira (23), o Andes afirmou que eram 36 instituições afetadas. Nesta manhã, o número passou a ser 32. A definição, de acordo com o sindicato, ocorrerá até o fim desta quinta, quando será divulgada uma lista atualizada com os nomes dos locais em greve.

Procurado pelo G1, o Ministério da Educação (MEC) informou que "estranha que a pauta que justifica a deflagração da paralisação em algumas universidades federais seja baseada em falsas premissas". O MEC não informou quantas unidades são afetadas por greve ou protestos no país (leia mais abaixo).

De acordo com o Andes, o movimento é contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, que limitaria os gastos públicos à variação da inflação pelos próximos 20 anos, e contra a Medida Provisória (MP) 746/2016, que institui a reforma do ensino médio. A reação às duas medidas levou ainda a uma série de ocupações de escolas que chegou a provocar o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Levantamento do G1 aponta que, desde outubro, a greve de servidores técnicos administrativos afeta a rotina de instituições federais pelo país. Neste mês, o movimento ganhou apoio de docentes.

Fonte: G1 CE

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