Caso Talitha: Controladoria demite PM acusado de matar menina atropelada em Juazeiro do Norte

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) puniu o soldado da Polícia Militar, Leonardo Lima Tavares, com a demissão da corporação, por ter atropelado e matado a menina Talitha Pietra Oliveira Garcia, de apenas 11 anos, em Juazeiro do Norte, no Interior do Ceará, no dia 18 de outubro de 2015. A decisão, tomada no dia 11 de novembro de 2016, foi publicada no Diário Oficial do Estado na última terça-feira (22).

A Polícia Militar do Ceará (PMCE), através do Relações Públicas, o tenente-coronel Jesus Andrade Mendonça, afirmou que "cumpre com as determinações superiores". Entretanto, cabe recurso administrativo, que deve ser solicitado pelo PM punido em um prazo de 10 dias após a publicação da decisão.

Leonardo Lima Tavares é lotado no 2º BPM (Juazeiro do Norte), tem 13 anos de corporação e, após o atropelamento, entrou com Licença para Tratamento de Saúde (LTS) na PMCE. "Ele sempre foi tido como um excelente policial militar, com um ótimo comportamento", disse o tenente-coronel Andrade Mendonça.

Defesa alega 'fatalidade' e justifica a não prestação de socorro
Segundo a CGD, Leonardo Tavares atropelou Talitha Garcia e fugiu do local sem prestar socorro. A defesa alegou que o envolvimento do soldado Leonardo Tavares foi uma "fatalidade, jamais podendo ser interpretado como falta ou transgressão de natureza disciplinar".

Contra a evasão do local do atropelamento, a defesa afirma que "a não prestação de socorro deveu-se, sobremaneira, pelo fato de que quando o militar em referência retornou ao local do acidente, com a intenção de socorrer a vítima, havia uma aglomeração de pessoas revoltadas no local, as quais demonstraram o desejo de reagir violentamente contra a sua pessoa. Ressaltou ainda que a vítima não mais ostentava sinais vitais, então não havia como exigir prestação de socorro", de acordo com a publicação no Diário Oficial do Estado.

Familiares fazem campanha na Internet por justiça
Familiares de Talitha Pietra Oliveira Garcia criaram uma página no Facebook chamada "Caso Talitha" e um site homônimo para resgatar e memória da menina morta e pedir justiça.

Fonte: Diário do Nordeste

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