Governo se mobiliza para enfrentar a seca

A crise no sistema de abastecimento de água, que deve atingir até o fim deste ano pelo menos 41 cidades do Interior do Ceará, traz transtornos para moradores e cria situação emergencial para ações de governo. O esforço conjunto é para não deixar faltar água em nenhum centro urbano.

Depois de cinco anos seguidos de chuva abaixo da média e de queda drástica dos níveis dos reservatórios estratégicos para abastecimento das cidades, nos próximos meses, a situação tende a se agravar. Até janeiro e fevereiro do próximo ano, estima-se que as reservas hídricas estarão cada vez mais escassas.

Além das ações de governo para evitar desabastecimento, é preciso esperar que as precipitações cheguem de forma mais intensa na próxima quadra chuvosa (fevereiro a maio) de 2017. Segundo levantamento Grupo de Trabalho de Segurança Hídrica do Comitê Integrado de Convivência com a Seca, 17 centros urbanos vão enfrentar dificuldades até julho próximo; outros oito entre agosto e outubro; e mais 16 cidades em novembro e dezembro.

A Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) e outras instituições públicas - Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra), Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Companhia de Água e Esgoto (Cagece), Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e Defesa Civil - têm trabalhado para evitar colapso no sistema de abastecimento das áreas urbanas e rurais. No momento, dez adutoras de montagem rápida estão em fase de conclusão de projeto.

No ano passado, cerca de 200Km de adutoras foram entregues e está garantido o abastecimento de cidades que anteriormente estavam em risco de desabastecimento. Por meio de nota, a SRH informou que medidas de gestão e racionalização têm sido usadas para garantir o abastecimento das populações.

Um exemplo citado foi o de Quixeramobim, que corria risco de entrar em colapso, mas, graças ao intenso trabalho do grupo, os problemas foram contornados e o abastecimento permanece sem transtornos hoje. "Para que os municípios em dificuldade não venham ter seu fornecimento de água suspenso, medidas como a construção de adutoras de montagem rápida, a construção/instalação de poços profundos, instalação de chafarizes e dessalinizadores e, em casos extremos, o abastecimento por carros-pipa têm sido adotadas diariamente", frisou a nota da SRH.

Mediante a crise hídrica provocada pelo quinto ano seguido de chuvas abaixo da média no Ceará, com perdas anuais das reservas hídricas nos mananciais, os centros urbanos enfrentam risco de irregularidade no sistema de abastecimento, mas sem colapso no fornecimento de água. "Providências estão sendo adotadas pelo governo do Estado para garantir o suprimento emergencial de água para as populações", conclui a nota.

O Ceará em mais um ano enfrenta meses secos e o esforço das instituições públicas é assegurar oferta de água para a população de centros urbanos e áreas rurais. A chegada das águas do Rio São Francisco é uma esperança que se avizinha para outubro ou novembro próximos.

Mais informações
Telefones: SRH - (85) 3101-4056/Cogerh - (85) 3218-7024/Cagece - (85) 3101-1826

HONÓRIO BARBOSA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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