Juazeiro do Norte (CE): Peças desaparecem do Memorial Pe. Cícero

Levantamento preliminar realizado pela Secretaria de Cultura e Romaria de Juazeiro do Norte (Secron) aponta para o desaparecimento de quantidade significativa de peças do acervo do Memorial Padre Cícero, formado pelas relíquias de Padre Cícero que tinham sido doadas ao Município por contemporâneos do religioso. O número de peças desaparecidas ainda é desconhecido, porém, já foi sentida a falta de pelo menos 80 livros que compunham a biblioteca pessoal do sacerdote, bem como a maioria das peças que estavam guardadas para futura restauração.

A falta das peças foi sentida por um funcionário do Memorial que também estranhou não mais ter percebido uma das batinas de Padre Cícero que costumava ficar exposta no equipamento. O caso foi levado ao conhecimento da Secron, que determinou a localização do inventário dos bens para que possa ser avaliada a extensão do prejuízo.

Segundo a secretária de Cultura e Romaria de Juazeiro, Marli Bezerra, o Município já informou ao Ministério Público do Ceará o desaparecimento das peças. "A Secretaria está recorrendo ao Ministério Público para que o órgão possa nos auxiliar a descobrir aonde as peças desaparecidas se encontram. As relíquias pertencem ao Memorial e para lá elas devem retornar".

Cotidiano
Fotografias, além do equipamento estetoscópio utilizado pelo médico que atendeu Padre Cícero no leito de morte, também estão desaparecidos, além de talheres e louças que foram de uso cotidiano do religioso.

O Memorial Padre Cícero foi inaugurado em julho de 1988. O espaço se constitui em ambiente para realização de estudos, pesquisas e palestras em torno do religioso. No museu do equipamento, ficam expostos vários objetos que foram de uso pessoal de Padre Cícero. Também compõe o equipamento uma biblioteca onde estão reunidas obras de contemporâneos de Padre Cícero. O auditório tem capacidade para 400 pessoas. O Memorial foi construído no largo da Capela do Socorro, onde estão sepultados os restos mortais de Padre Cícero Romão Batista.

ROBERTO CRISPIM
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste



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