Morre Steve Jobs, um dos fundadores da Apple

A empresa americana Apple confirmou na noite desta quinta-feira a morte de seu ex-diretor executivo, Steve Jobs. O comunicado diz que "a Apple perdeu um visionário e um gênio criativo e o mundo perdeu um fantástico ser humano".

"Os que foram sortudos o suficiente para conhecer e trabalhar com Steve perderam um amigo querido e um mentor inspirador. Steve deixa para trás uma empresa que apenas ele poderia ter criado. E seu espírito será sempre a base da Apple", diz a nota.

A morte de Jobs ocorreu um dia após o lançamento do iPhone 4S. O smartphone é um dos símbolos da criatividade da empresa que Jobs comandou até agosto deste ano, quando deixou seu cargo. Em 2004, Jobs foi diagnosticado com câncer de pâncreas e, entre janeiro e junho de 2009, ficou oficialmente afastado da Apple por seis meses, quando se submeteu a um transplante de fígado. Quando anunciou sua saída da Apple, o executivo de 55 anos já estava afastado, sob licença médica, desde 17 de janeiro deste ano. Jobs foi um dos fundadores da Apple em 1976. Desde então, a fabricante de aparelhos eletrônicos tem se destacado pela inovação no concorrido mercado de tecnologia.

Força criativa
Jobs era considerado a força criativa que levou a Apple a tornar-se uma das maiores empresas do mundo. Graças a produtos inovadores e altamente populares, como o iPod, o iPhone e, mais recentemente, o iPad, a Apple tornou-se uma das marcas mais cobiçadas pelos consumidores em todo o mundo.

"A visão e a liderança extraordinárias de Steve salvaram a Apple e a guiaram à sua posição de empresa de tecnologia mais valiosa e inovadora do mundo", disse o integrante do conselho da Apple Art Levinson, na ocasião em que Jobs deixou o cargo de diretor-executivo.
 

Rafinha Bastos tira sarro de piada sobre bebês

O humorista Rafinha Bastos, 34, lançou um vídeo onde ironiza a repercussão da piada com a cantora Wanessa. Na esquete, o humorista está numa churrascaria e recusa carnes como baby beef, fraldinha, além de "algo para beber". Após a piada feita com a cantora, Rafinha foi afastado da apresentação do CQC e teve a presença cancelada em uma série de eventos nos últimos dias.

Veja o vídeo:

Fonte: F5
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Greve nos Correios: trabalhadores rejeitam acordo


Os trabalhadores dos Correios no Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Acre e Paraíba rejeitaram o proposta acertada ontem entre a empresa e a Fentect, federação que reúne os sindicatos. Com esse resultado, a greve, que já dura 21 dias, deve continuar.

Os diretores dos Correios e os representantes dos funcionários formalizaram o acordo em audiência de conciliação no TST (Tribunal Superior do Trabalho). No entanto, a proposta precisa ser aprovada por ao menos 18 dos 35 sindicatos da categoria no país. As rejeições de hoje devem influenciar as demais reuniões, pois essas entidades são consideradas de maior expressão. "Todas as assembleias que ocorreram até agora foram contrárias à proposta, o que indica que provavelmente não haverá acordo", afirma Saul Gomes da Cruz, um dos integrantes do comando de negociação. Segundo ele, as demais assembleias ocorrerão entre hoje e amanhã.

Caso o impasse continue, o dissídio da categoria será julgado pelo TST. "Na segunda-feira deveremos saber da data", diz Cruz. "Fizemos uma prévia ontem e decidimos rejeitar essa proposta, porque discordamos de todos os pontos", disse Josiel Reis, dirigente do sindicato de Santa Catarina. A Fentect, que defendeu a aceitação da proposta, afirma que um balanço geral das assembleias só será conhecido no fim da tarde.

ACORDO
A proposta de consenso previa a reposição da inflação de 6,87%, retroativo a agosto, e um reajuste linear de R$ 80 a partir de outubro. Os 21 dias de greve seriam compensados. Em 15 deles, os trabalhadores atuariam aos sábados e domingos para colocar em dia o passivo de carga atrasada. Os outros seis, que já foram descontados na folha de pagamento de setembro, seriam devolvidos imediatamente aos grevistas, mas haveria um desconto a partir de janeiro, parcelado em até 12 meses. No início do movimento, a categoria reivindicava aumento salarial linear de R$ 400 a partir de janeiro, reposição da inflação calculada em 7,16% e mais 24,76% referentes a perdas acumuladas desde 1994.
BALANÇO
Nesses 21 dias de paralisação, houve atraso na entrega de 147 milhões de cartas e encomendas. O governo federal cortou o ponto dos grevistas e exigiu compensação dos dias não trabalhados. A greve suspendeu os serviços de entrega com hora marcada dos Correios e também atrasos de três a quatro dias nos demais. A empresa pretendia ontem normalizar os serviços na próxima semana. A empresa contabilizou um prejuízo diário de R$ 20 milhões. A cifra pode aumentar, uma vez que são comuns ações judiciais de clientes por conta dos atrasos.

Fonte: Folha.com

RG dos brasileiros terá que conter link do Perfil no Facebook ou Orkut

À partir de 2012 os brasileiros deverão refazer a sua Identidade. É que uma mudança proposta pelo governo obriga que os novos RG (Registro Geral) contenha, escrito, o link do perfil da pessoa em alguma rede social, seja Orkut, Facebook ou Google+.

Na tarde desta terça-feira (4), nossa reportagem conversou com a assessoria do governo, para entender mais sobre esta decisão. Perguntamos se, quem não possui cadastro em rede social, o que deverá fazer para conseguir o RG. A assessoria de imprensa do governo respondeu: “Quem não tem perfil em rede social não existe, então não poderá ter uma identidade”, disse.

Um especialista ouvido pela nossa reportagem disse que esta medida pode provocar preconceito: “Um RG com link do Orkut será considerado um pobre; com Link do Facebook, rico; haverá uma divisão social na cabeça das pessoas”, disse.

Governo pode negociar, mas já ameaça grevistas

Após nova rodada de negociação com representantes do governo do Estado e que, desta vez, durou pouco mais de cinco horas, os professores da rede estadual de ensino - que paralisaram suas atividades há exatamente 60 dias - permanecem em greve. A decisão foi aprovada por unanimidade, no início da noite de ontem, em assembleia geral da categoria realizada no Ginásio Paulo Sarasate, apesar de o governo ameaçar com processo administrativo caso não retornem ao trabalho.

Marcada para as 15h, horário em que o Estádio Paulo Sarasate estava literalmente lotado, a assembleia só pôde começar às 17h45, quando muitos professores já haviam deixado o local. Os trabalhos da assembleia só foram iniciados após a chegada dos integrantes do comando de greve da reunião, mantida pelas lideranças da categoria com os representantes do governo Cid Gomes, no Palácio da Abolição.

O clima entre os professores era de ansiedade e de insatisfação. "Tem gente que também ensina no Município e trabalha amanhã cedo, por isso não foi possível esperar", explicou a professora Luiza de Marilac Belém, observando ainda o cansaço dos colegas de magistério. "Nestes dias de greve não há descanso. A gente procura participar de toda a programação do movimento. A luta é de todos", completou outra professora da rede estadual, Cláudia Abreu.

Palavras de ordem 
Quando o comando de greve iniciou a falação, muitas das cadeiras do estádio já estavam vazias, ainda assim, as palavras de ordem e os aplausos eram ouvidos a distância a cada pronunciamento mais contundente. O presidente da Associação dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), Anízio Melo, explicou que, pela primeira vez, o governo do Estado acenou com a possibilidade de que os níveis de referência - que vão de um a 30, conforme a graduação do docente - venha a ser observado no pagamento do piso salarial estipulado por lei federal, e que corresponde a R$ 1.187,00.

Admitiu, contudo, que o assunto não constou em ata durante a rodada de negociação, contando com a presença do chefe de gabinete do governador, Ivo Gomes, e da secretária de Educação do Estado, Izolda Cela. "Há uma perspectiva de repasse dos níveis de forma escalonada", disse Anízio, comentando, porém, que Ivo Gomes chegou a ameaçar de demissão, por processo administrativo, caso a partir da próxima sexta-feira aconteça o retorno ao trabalho. "Mas nós não aceitamos isso".

A rodada de negociação de ontem também contou com um integrante da Comissão de Educação da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional do Ceará (OAB), Edenir Martins. O advogado adiantou acreditar que o governo poderá, ainda, avançar em suas propostas e que os professores precisariam de um pouco mais de tempo para avaliar a questão.

Já a professora Rosa da Fonseca, militante que integra o grupo Crítica Radical, considerou a importância do respeito ao piso salarial e, também, dos níveis de referência da classe, conforme a qualificação do profissional. "É preciso que a população saiba que o movimento não é apenas pelo piso, como vem sendo anunciado erroneamente", registrou, denunciando que o governo do Estado pretende promover um achatamento salarial na rede de ensino.

Sobre o assunto, Sidney de Oliveira, integrante do comando de greve e que participa da Corrente Proletária na Educação - Liga Partido Operário Revolucionário, esclareceu que a proposta do governo enviada à Assembleia Legislativa (AL) prevê o pagamento do piso nacional, no valor de R$ 1.187,00, para apenas o Nível Médio. "Eles não querem aplicar o piso na nossa tabela de salário", disse, explicando que essa tabela coloca quem tem nível médio na referência de um a 12, os graduados de 13 a 20, os especialistas de 21 a 24, mestres de 25 a 27 e doutores de 28 a 30. "Rasgaram nossa tabela com o envio do projeto de lei à Assembleia", comentou, acrescentando que com a observância dos níveis o valor do piso tem efeito cumulativo, "mas eles querem é achatar nossos salários".

Na reunião com os representantes do governo, o comando de greve enfatizou que espera que o governador Cid Gomes não sancione a mensagem enviada à AL e que foi enfaticamente repudiada pelos professores. O dirigente da Apeoc, Anízio Melo, esclareceu que "reivindicamos a não punição e o não pagamento da multa que já chega a R$ 260 mil, além de autonomia para as escolas para que decidam a reposição das aulas por conteúdo e não por dia letivo".

Anízio lembrou que o governo chegou a ameaçar de demitir quem não retorne ao trabalho e o prazo para avaliação desse assunto seria a próxima sexta-feira. Para ele, as ameaças não são elementos de pressão, "quando deveríamos ter uma negociação que reconheça os direitos dos professores". Para hoje, está marcada mais uma reunião entre integrantes da Secretaria de Educação do Ceará e representantes da Apeoc na sede da promotoria de defesa da educação do Ministério Público Estadual.

O encontro foi solicitado pela OAB-CE e pelo próprio MPE para tentar encontrar uma saída para o impasse. Também hoje o comando de greve começa novas reuniões com os professores nas regionais de Fortaleza. Já amanhã, as lideranças dos grevistas buscarão manter nova rodada de negociação com o governo do Estado. E na sexta-feira, às 15 horas, acontece nova assembleia geral, ainda com local a ser definido, possivelmente o ginásio Paulo Sarasate. "Vamos anunciar o local exato pela internet", informou Sidney de Oliveira.

Rodada de diálogo registra avanço 
Uma comissão formada pelos professores da Rede Estadual de Ensino reuniu-se, por volta do meio dia até mais de 17 horas de ontem, no Palácio da Abolição, com o Chefe de Gabinete do Governador, Ivo Gomes, e a secretária de Educação do Estado, Izolda Cela, em mais uma tentativa de negociação entre as partes. Desde o início da greve, em agosto, esta foi a oitava vez que os trabalhadores e o governo se reuniram visando solucionar o impasse. Segundo Izolda Cela, o momento foi de grande importância para ambas as partes, e o governo estava disposto a ouvir a proposta de aumento dos professores, desde que se encaixasse no orçamento disponível para educação.

"Nós pedimos uma proposta com base na realidade. É fácil propor sem ter conhecimento da real disponibilidade de orçamento. Esperamos que o Sindicato possa aceitar a proposta do governo. Os alunos estão pagando o prejuízo e, por mais que as aulas sejam repostas, esse prejuízo é irrecuperável", disse a secretária de Educação. O presidente da Associação dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), Anízio Melo, também ressaltou a importância do encontro para o avanço das negociações, e disse que a Apeoc estava aberta para ouvir as contrapropostas do governo. "O Sindicato tem a posição de fechar uma negociação concreta. Nós queremos discutir a política no Estado e, no momento, a valorização do professor. Nós esperamos a aplicação do piso e sua repercussão na categoria", afirmou.

Anízio Melo ressaltou, ainda, que o pagamento do piso nacional aos professores se encaixa dentro das possibilidades do governo. "O governo tem um orçamento de 29,5% em educação. Apenas 62% dos recursos do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação básica) vão para o salário dos professores. O que é preciso é definir prioridades. Ao invés de construir prédios, locar os recursos para o pagamento dos professores. Esse é o debate que queremos propor".

Confronto 
Tanto a secretária de Educação quanto o presidente do Sindicato lamentaram o confronto entre professores e o Batalhão de Choque ocorrido no último dia 29. Segundo Izolda Cela, houve erro das duas partes. "Foi uma situação lamentável. Lutamos tanto por uma democracia e temos canais para isso. Não precisava chegar ao confronto. Houve erro parte a parte. A posição do Batalhão de Choque foi de contenção. Houve excesso também dos manifestantes. É preciso fazer uma autoavaliação", afirmou a secretária Izolda.

Para Anízio Melo, o episódio representou ainda um atraso para a solução do impasse. "Com certeza, o confronto foi um complicador do processo. Não foi dado espaço para se discutir e negociar com a categoria. Aquelas questões foram muito graves. Nós vamos continuar a defender a categoria de quem queira prejudicá-la para que a educação seja colocada como prioridade", enfatizou.

Fonte: Diário do Nordeste

Cuidar do luto e das perdas - Por: Leonardo Boff*

Pertencem, inexoravelmente, à condição humana, as perdas e o luto. Todos somos submetidos à férrea lei da entropia: tudo vai lentamente se desgastando; o corpo enfraquece, os anos deixam marcas, as doenças vão nos tirando irrefreavelmente nosso capital vital. Essa é a lei da vida que inclui a morte. Mas há também rupturas que quebram esse fluir natural. São as perdas que significam eventos traumáticos como a traição do amigo, a perda do emprego, a perda da pessoa amada pelo divórcio ou pela morte repentina. Surge a tragédia, também parte da vida.

Representa grande desafio pessoal trabalhar as perdas e alimentar a resiliência, vale dizer, o aprendizado com os choques existenciais e com as crises. Especialmente dolorosa é a vivência do luto pois mostra todo o peso do Negativo. O luto possui uma exigência intrínseca: ele cobra ser sofrido, atravessado e, por fim, superado positivamente. Há muitos estudos especializados sobre o luto. Segundo o famoso casal alemão Kübler-Ross há vários passos de sua vivência e superação. O primeiro é a recusa: face ao fato paralisante, a pessoa, naturalmente, exclama: ”não pode ser”; “ é mentira”. Irrompe o choro desconsolado que palavra nenhuma pode sustar.

O segundo passo é a raiva que se expressa: “por que exatamente comigo? Não é justo o que ocorreu”. É o momento em que a pessoa percebe os limites incontroláveis da vida e reluta em reconhecê-los. Não raro, ela se culpa pela perda, por não ter feito o que devia ou deixado de fazer. O terceiro passo se caracteriza pela depressão e pelo vazio existencial. Fechamo-nos em nosso próprio casulo e nos apiedamos de nós mesmos. Resistimos a nos refazer. Aqui todo abraço caloroso e toda palavra de consolação, mesmo soando convencional, ganha um sentido insuspeitado. É o anseio da alma de ouvir que há sentido e que as estrelas-guias apenas se obscureceram e não desapareceram.

O quarto é o autofortalecimento mediante uma espécie de negociação com a dor da perda: “não posso sucumbir nem afundar totalmente; preciso aguentar esta dilaceração, garantir meu trabalho e cuidar de minha família”. Um ponto de luz se anuncia no meio da noite escura. O quinto se apresenta como uma aceitação resignada e serena do fato incontornável. Acabamos por incorporar na trajetória de nossa existência essa ferida que deixa cicatrizes. Ninguém sai do luto como entrou. A pessoa amadurece forçosamente e se dá conta de que toda perda não precisa ser total; ela traz sempre algum ganho existencial.

O luto significa uma travessia dolorosa. Por isso precisa ser cuidado. Permito-me um exemplo autobiográfico que aclara melhor a necessidade de cuidar do luto. Em 1981 perdi uma irmã com a qual tinha especial afinidade. Era a última das irmãs de 11 irmãos. Como professora, por volta das 10 horas, diante dos alunos, deu um imenso brado e caiu morta. Misteriosamente, aos 33 anos, rompera-se a aorta. Todos da família, vindos de várias partes do país, ficamos desorientados pelo choque fatal. Choramos copiosas lágrimas. Passamos dois dias vendo fotos e recordando, pesarosos, fatos engraçados da vida da irmãzinha querida. Eles puderam cuidar do luto e da perda. Eu tive que partir logo após para o Chile, onde tinha palestras para frades de todo o Cone Sul.

Fui com o coração partido. Cada palestra era um exercício de auto-superação. Do Chile emendei para a Itália onde tinha palestras de renovação da vida religiosa para toda uma congregação. A perda da irmã querida me atormentava como um absurdo insuportável. Comecei a desmaiar duas a três vezes ao dia sem uma razão física manifesta. Tive que ser levado ao médico. Contei-lhe o drama que estava passando. Ele logo intuiu e disse: “você não enterrou ainda sua irmã nem guardou o luto necessário; enquanto não a sepultar e cuidar de seu luto, você não melhorará; algo de você morreu com ela e precisa ser ressuscitado”.

Cancelei todos os demais programas. No silêncio e na oração cuidei do luto. Na volta, num restaurante, enquanto lembrávamos a irmã querida meu irmão Clodovis e eu escrevemos num guardanapo de papel o que colocamos no santinho de sua memória: “Foram trinta e três anos, como os anos da idade de Jesus/Anos de muito trabalho e sofrimento/Mas também de muito fruto/Ela carregava a dor dos outros/Em seu próprio coração, como resgate/Era límpida como a fonte da montanha/Amável e terna como a flor do campo/Teceu, ponto por ponto, e no silêncio/Um brocado precioso/Deixou dois pequenos, robustos e belos/E um marido, cheio de orgulho dela/Feliz você, Cláudia, pois o Senhor voltando/Te encontrou de pé, no trabalho/Lâmpada acesa/Foi então que caíste em seu regaço/Para o abraço infinito da Paz”.

Entre seus papéis encontramos a frase: ”Há sempre um sentido de Deus em todos os eventos humanos: importa descobri-lo”. Até hoje estamos procurando esse sentido que somente na fé o suspeitamos.

*Leonardo Boff é teólogo e filósofo

ProJovem acumula em seis anos histórico de fracasso e descontrole financeiro

O ProJovem, programa federal de mais de R$ 3 bilhões para o resgate de jovens que estão fora da escola e desempregados, acumula em seis anos um histórico de fracasso e descontrole financeiro. Seu eixo principal, o ProJovem Urbano, custou R$ 1,6 bilhão em seis anos e diplomou 209 mil alunos, menos da metade (38%) dos participantes. O programa foi cancelado este ano, a coordenadora demitida, e 87% das prestações de contas já entregues não foram analisadas. Na sua versão para o campo, em quatro anos, só 1% dos 59 mil jovens matriculados foram diplomados. E o braço "Trabalhador" do programa é alvo de investigações de direcionamentos para ONGs.

OUTRO LADO : Secretarias municipais vão fiscalizar ProJovem, diz MEC 
Desde 2008, o ProJovem é dividido em quatro modalidades, geridos por órgãos diferentes, e tem como meta ajudar brasileiros de 15 a 29 anos a concluir o ensino fundamental e um curso profissionalizante, com bolsa de R$ 100 por mês. Segundo estudo recente da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), um em cada quatro jovens nessa faixa etária é o público-alvo do programa. Só a vertente chamada de ProJovem Adolescente não oferece cursos e bolsas, só atividades socioeducativas para adolescentes em situação de risco social.
 
Frequência do programa não era controlada 
O ProJovem Urbano, comandado pela Secretaria Geral da Presidência, começou em 2005, foi reformulado em 2007 e congelado em 2011. Em 2012, será retomado pelo Ministério da Educação, com novas regras, mas pouco se sabe do destino das centenas de milhões de reais repassadas a estados e municípios. Considerando-se as 246 contas prestadas referentes a 2008 e 2009, 214 não foram analisadas pelo governo, segundo levantamento do GLOBO no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Esse descaso motivou advertência do Tribunal de Contas da União (TCU), que auditou o ProJovem.

Além disso, os auditores descobriram que não existia controle formal de frequência dos alunos no ProJovem Urbano, apesar de o comparecimento ser requisito para receber o auxílio mensal de R$ 100. Por outros mecanismos, descobriu-se que a presença de jovens nas salas de aulas variava de 1% a 10%, na amostra de 14 cidades fiscalizadas. No pente-fino feito no convênio de 2005 no Rio de Janeiro, o descontrole foi flagrante. Seis anos após repassar R$ 53,6 milhões para o estado, a capital ainda estava inadimplente. Os dados foram enviados às pressas, mas não foram analisados, apesar das outras irregularidades encontradas. A verba foi repassada a 75 ONGs. A meta era formar 25,5 mil jovens na capital em cursos de 18 meses. Mas só 10% dos alunos estavam diplomados no fim do segundo ano.
 
"A presença de alunos em sala de aula vai de 1% a 10% do total de alunos matriculados nos núcleos visitados", diz o relatório do TCU, citando o que foi constatado durante a aplicação de questionários qualitativos pelas universidades federais envolvidas no programa. Foram encontrados indícios de fraude em São Gonçalo, onde diversas folhas de frequência repetiam 100% de comparecimento. Em Olinda (PE), os dados no sistema de controle eram alterados. Foram constatados índices de evasão no ProJovem Urbano que chegavam a 65% em Campo Grande (MS) e 72% em Curitiba (PR).

No ProJovem Campo, só 1% (795) dos cerca de 59 mil jovens cadastrados concluíram o curso, segundo o MEC; 16% desistiram e 40% aguardam pela formação de turmas para o curso, que dura dois anos. Apesar disso, o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) aponta que já foram gastos R$ 138,5 milhões com esse programa, o que cobre integralmente a formação de quase todos os cadastrados, num total de R$ 2,4 mil por aluno. O gasto dessas verbas tem controle precário. Segundo pesquisa no FNDE, as prestações de contas de 2008 foram analisadas, com reprovação apenas para o estado do Rio de Janeiro. Mas para os repasses de 2009, de acordo com o fundo, quase todas as prestações ainda estão na gaveta.

Os números apresentados pelo governo para o ProJovem Trabalhador, que já gastou R$ 586 milhões desde 2008, mostram um caso de sucesso: 344 mil jovens diplomados, de um universo de 409 mil vagas oferecidas, com 37,6% dos formados inseridos no mercado de trabalho. Mas nenhuma análise de prestação de contas terminou e o Ministério do Trabalho não prestou informações sobre irregularidades.

O ProJovem Trabalhador frequenta o noticiário sobre investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, geralmente por direcionamentos para ONGs e desvios. Em julho, o MP suspendeu R$ 1,5 milhão da Fundação Bioética, no Mato Grosso do Sul, após suspeita de direcionamento do contrato e falsa prestação de serviços. No Maranhão, promotores investigam a Fundação Gomes de Souza, suspeita de irregularidades, que recebeu R$ 13 milhões, sem licitação. Em São Paulo, cinco entidades levaram cerca de R$ 20 milhões, sem concurso.
Superfaturamento atinge o programa

Por amostragem em 14 municípios, o TCU achou no ProJovem Trabalhador os mais altos índices de superfaturamentos, chegando a cerca de 50% das despesas em São Gonçalo (RJ), Maranguape (CE) e Cascavel (PR). No ProJovem Adolescente cerca de 50% dos jovens de 15 a 17 anos participam dos "coletivos" socioeducativos, que duram dois anos, segundo informação do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), que coordena o programa e já repassou cerca de R$ 900 mil desde 2008.

Mas o controle dos recursos foi considerado "precário" pelo TCU. Só este ano o ministério instalou um programa automatizado de monitoramento. O resultado foi o cancelamento de 1.195 turmas. Ainda assim, o ministério depende das informações passadas pelas cidades. Tampouco é informada sobre irregularidades que eram constatadas por autoridades estaduais.

Na prática, houve repasse de recursos em cidades onde "coletivos" não estavam funcionando: Sete Lagoas (MG), Fortaleza (CE), São Vicente (SP), São Gonçalo (RJ) e Goiânia (GO). A falta de acompanhamento sugere que situações semelhantes podem acontecer em várias outras localidades do país.

Fonte: O Globo

OPINIÃO: Rafinha foi longe demais - Por: André Bloc*

Até o humor tem um limite aceitável. Pelo menos é o que a Band indica ao afastar o humorista Rafinha Bastos da bancada de apresentação do semanal Custe o Que Custar – o CQC. O estopim foi no dia 19 de setembro, quando o humorista gaúcho proferiu uma indecorosa piada sobre a gravidez da cantora Wanessa (outrora Camargo), dizendo que “comeria ela e o bebê”. O programa de ontem foi o primeiro sem a acidez do humorista gaúcho e pode não ser o último. Rafinha Bastos não fez declarações sobre o ocorrido.

A repercussão negativa acabou envolvendo Marcus Buaiz, marido de Wanessa, que ameaçou processo contra Rafinha e até Marco Luque, companheiro de Bastos na bancada do CQC, que divulgou – via assessoria – uma nota em que reprova o teor da piada do colega. “(...) como pai, entendo e apoio a revolta e a indignação do Marcus Buaiz, um homem que conheço e respeito. (...) Com certeza uma piada idiota e de muito mau gosto”, afirmou Luque, por meio de um comunicado oficial. Já Danilo Gentili, o outro CQC a se manifestar sobre o assunto, escreveu um tweet defendendo Rafinha e dando uma cutucada em Luque, mas apagou minutos depois.

Segundo a colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo, a repercussão negativa já faz a Band – que além do CQC, emprega Rafinha Bastos no programa A Liga – cogite abortar o especial de fim de ano apresentado pelo gaúcho. Outro a repercutir negativamente a piada, de acordo com a colunista, foi Ronaldo. O ex-jogador de futebol, que sempre se mostrou disposto a participar das brincadeiras do humorístico, teria procurado a diretoria da TV Bandeirantes para protestar contra a piada de Rafinha – defendendo seu sócio Marcus Buaiz, com quem administra a agência de marketing esportivo 9ine.

Não é a primeira vez em que uma piada de Rafinha repercute negativamente em todo o País. Recentemente o Ministério Público investigava uma denúncia de racismo contra Bastos, após uma piada sobre o estupro de mulheres feias – o que supostamente seria uma apologia ao crime, ao dizer que o estuprador merecia “um abraço”. Desde 2008 no ar, com a criação do programa, Rafinha Bastos se destacou por seu humor politicamente incorreto – usando e abusando do humor negro e sem medo de ofender – e da defesa de causas sociais. O sucesso o levou a ser escolhido em março como o twitter mais influente do mundo, pelo jornal norte-americano The New York Times.
 
* André Bloc é colunista do jornal O Povo

Professores realizam protesto no Palácio da Abolição

Os professores  estaduais em greve fizeram uma manifestação em frente ao Palácio da Abolição, sede oficial do Governo do Estado, por volta de 18h desta segunda-feira, 3. Com as atividades paralisadas há quase dois meses, os professores querem, entre outros pontos, a aplicação do piso nacional do magistério. A caminhada saiu no início da tarde desta segunda-feira da Assembleia Legislativa e contou com carros de som, trem da alegria e participação massiva de alunos de escolas públicas e particulares e de universitários. 

O trânsito ficou difícil no trajeto até o Palácio, com o bloqueio de uma das vias, no sentido sertão-praia, mas se normalizou. Os números de manifestantes no local variaram de 1,5 mil a 5 mil participantes. O Batalhão de Choque da Polícia Militar esteve no local, mas não houve registro de tensão entre as partes.

100 anos de instalação da cidade de Juazeiro

Juazeiro do Norte. Esta cidade comemora hoje, o centenário de instalação como Município e a posse do Padre Cícero como o primeiro prefeito. Solenidades oficiais serão realizadas pela Prefeitura e Câmara Municipal. O sacerdote foi nomeado pelo então governador Nogueira Acioly. Na noite de ontem, no Memorial Padre Cícero, foi programada uma homenagem a todos os ex-prefeitos da cidade, pela Comissão do Centenário. Juazeiro do Norte teve 28 prefeitos. Os seis vivos receberam a Medalha do Centenário. Quanto aos outros, a outorga foi "in memoriam".

O centenário da assinatura do "Pacto dos Coronéis" pelos principais chefes políticos do Cariri também acontece hoje. O ato se deu a partir de uma sugestão do Padre Cícero, ficando a organização sob a responsabilidade do médico Floro Bartolomeu da Costa. De acordo com o secretário de Turismo e Romaria, José Carlos dos Santos, que coordena a comissão, a relação dos homenageados teve como fontes o livro "O Padre Cícero que eu Conheci", de Amália Xavier de Oliveira, e de Daniel Walker sobre a história da independência juazeirense. A iniciativa faz parte da programação comemorativa aos 100 anos de Juazeiro que se estenderá até julho do próximo ano.

Medalha Legislativa 
A Câmara Municipal homenageia, na comemoração dos seus 100 anos, personalidades com a Medalha Centenária Legislativa. Serão agraciados o escritor Ralph Della Cava, coronel Adauto Bezerra, Almirante Ernani Aboim Silva, os escritores Geraldo Menezes Barbosa, Raimundo Araújo, Daniel Walker, Renato Casimiro, Renato Dantas e, ainda, a Agremiação Guarani Esporte Clube.

A abertura das comemorações aos 100 anos de instalação de Juazeiro foi iniciada no último dia 1º, com show artístico em praça pública. Haverá entrega de uma placa em homenagem a José Geraldo da Cruz, escolhido como o Juazeirense do Centenário, no Memorial Padre Cícero. O pacto dos coronéis foi apontado como uma importante passagem na história do coronelismo brasileiro. O Padre Cícero era filiado ao extinto Partido Republicano Conservador (PRC). Foi o primeiro prefeito de Juazeiro do Norte, no ano de 1911, quando o povoado foi elevado a cidade.

As comemorações do centenário de Juazeiro do Norte foram iniciadas dois anos antes de comemorar os 100 anos da cidade, marcando os 100 anos da imprensa na cidade, com o jornal "O Rebate", que teve como marca a luta pela independência. Para o presidente da comissão organizadora do centenário de Juazeiro, Geraldo Barbosa, "O Rebate" teve importância na imprensa como parte testemunhal dos acontecimentos, no tempo e na história da cidade.

A cidade nos últimos anos teve uma grande mobilização para a festa. A referência ao centenário passou a ser constante pelos meios de comunicação e comércio da cidade, além do poder público, que criou uma comissão específica com a finalidade de planejar as ações e solenidades em homenagem aos 100 anos.

A logomarca do centenário foi escolhida por meio da realização de um concurso.

MAIS INFORMAÇÕES
Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Romarias
Praça do Cinquentenário, S/N, Bairro Socorro. Telefone: (88) 3511.4040

Elizângela Santos
Repórter

Fonte: Diário do Nordeste

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