Morre, aos 69 anos, o ditador norte-coreano Kim Jong-Il

O líder norte-coreano Kim Jong-Il faleceu às 8h30 deste sábado (17) (21h30 de sexta-feira em Brasília), vítima de um ataque cardíaco, aos 69 anos. A informação foi confirmada hoje pela televisão estatal do país, um dos mais fechados do mundo.

Ele havia sofrido em agosto de 2008 um derrame cerebral, mas, segundo a agência estatal de notícias do país, faleceu em consequência de um "infarto do miocárdio severo e de uma crise cardíaca" quando viajava de trem em um de seus deslocamentos habituais para fora da capital. No domingo foi executada uma necropsia.

Desde 2008, as aparições públicas de Kim foram contadas e nelas mostrou uma figura cada vez mais frágil e cansada, embora sempre com seus inseparáveis óculos de sol e o uniforme militar que se transformaram em sua marca registrada. Um analista japonês, Toshimitsu Shigemura, chegou a defender que Jong-il teria morrido de diabete em 2003 e seria interpretado por sósias em eventos públicos – um deles, inclusive, teria se submetido a cirurgias plásticas para ficar mais parecido com o líder.

O filho mais novo do ditador Kim Jong-Un, de apenas 30 anos e general de quatro estrelas do Exército, foi designado como sucessor, disse entre lágrimas uma apresentadora do canal de televisão estatal.

Dinastia comunista
Kim Jong-Il herdou o poder após a morte, em 1994, do pai, Kim Il-Sung, fundador da República Democrática da Coreia do Norte, instaurando assim a primeira dinastia comunista da história. Durante seu regime ditatorial, baseado na glorificação de sua pessoa e na de seu pai, o "amado líder" se consolidou como um estrategista desafiante e anacrônico que, apesar de uma economia destroçada, erigiu seu país em uma potência atômica.

Com ele, a Coreia do Norte também viveu alguns breves períodos de distensão com Coreia do Sul e Estados Unidos, mas sempre truncados por repentinos testes nucleares ou lançamentos de mísseis.

Após sua graduação assumiu os departamentos de cultura e propaganda do Partido dos Trabalhadores, onde foi escalando postos conforme recebia formação política. Em 1980, foi designado oficialmente o sucessor de seu pai e membro do Comitê Central e do Comitê Militar da formação. Mas o primeiro posto de poder real lhe chegaria em 1991, quando assumiu as Forças Armadas como Comandante Supremo.

Considerado impaciente e excêntrico, amante da boa mesa e do álcool, Kim Jong-il também ganhou fama de mulherengo, embora sua vida particular tenha transcorrido envolvida em mistério. Com 1,57 metros de altura, sempre aparecia em público com sapatos de plataforma e cabelos arrepiados, para parecer mais alto.

Fã de cinema, especula-se que esteve por trás do sequestro do cineasta sul-coreano Shin Sang-ok e sua mulher, em 1978, para que fizesse filmes para “melhorar a imagem da Coreia”. O cineasta produziu sete filmes na Coreia do Norte antes de fugir, em 1986, durante uma visita a Vienna.

Também especula-se que Kim possua mais de 20 mil filmes de Hollywood em sua estante e seja fã de James Bond. Outro boato sobre Kim Jong-il diz respeito a sua apreciação alcoólica, em especial por conhaque Hennessey, vendido por US$630 na Coreia. 

Fonte: UOL

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